por Juzerley Santos, da Redação
Greve geral e povo nas ruas na Coréia mostram que 2013 ainda não acabou |
Líder mundial da indústria de construção naval e sede da poderosa Hyundai, considerada a 13ª maior economia e um dos países mais desenvolvidos do mundo pelas Nações Unidas, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Coréia do Sul parece que resolveu ter sua própria “primavera”ao apagar das luzes de 2013.
No último dia 27/12 o governou sul-coreano de Park Geun-Hye ordenou, sem mandado, o uso de 4 mil policiais na ocupação da sede da Confederação dos Sindicatos da Coreia (KCTU), a demissão de mais de 8000 grevistas do Sindicato dos Ferroviários Coreanos (KRWU) e a prisão dos principais líderes sindicais.
Nesta sábado, 28/12, uma greve geral de grandes proporções e inúmeros protestos espalharam-se pelo país em apoio à greve dos ferroviários iniciada há quase um mês contra o processo de privatização da ferrovia. A política privatista, a grande repressão aos sindicalistas e opositores do governo, as denúncias de corrupção e suspeitas de fraudes nas últimas eleições presidenciais levaram centenas de milhares de trabalhadores e jovens a tomarem as ruas da capital Seul e de outras cidades sul-coreanas.