quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Centrais sindicais no DF se concentrarão em frente ao INCRA e MDA no Dia Nacional de Mobilização de 30 de agosto

Servidores públicos federais, professores e trabalhadores
rurais farão vários atos no DF, incluindo um em frente ao
Congresso Nacional. (Foto: Arquivo ANOTA-24/04/2013)
por Almir Cezar, de Brasília

Nesta sexta-feira (30) será o Dia Nacional de Mobilização, convocada pelas centrais sindicais, que será realizado com atos em todo o país, e em Brasília (DF), várias categorias e setores inclusive paralisaram suas atividades e farão atos conjuntos.

No Distrito Federal as Centrais Sindicais estarão concentradas desde as primeiras horas do dia em frente ao Edifício Palácio do Desenvolvimento, sede do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), junto com servidores desses dois órgãos, paralisados nesse dia, trabalhadores rurais, partidos políticos e outras diversas categorias, para fazer um grande ato em defesa da Reforma Agrária.

Durante a tarde esses trabalhadores irão se deslocar para se encontrarem na Esplanada dos Ministérios com profissionais de educação convocados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para realização de um ato conjunto em frente ao Congresso Nacional em defesa a pauta de reivindicações da classe trabalhadora, entregue ao governo e ao Congresso em março deste ano.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O programa Mais Médicos e a precarização do trabalho em saúde

SAÚDE
por Jorge Henrique, de Brasília

Começou na segunda-feira, dia 26 de Agosto, a etapa de avaliação e acolhimento dos médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação que irão atuar pelo Programa Mais Médicos. Os 644 profissionais que irão atuar na primeira fase desembarcaram entre sexta-feira (23) e domingo (25) em oito capitais brasileiras. Participam do curso 400 médicos cubanos e outros 244 profissionais formados no exterior, entre eles estrangeiros e brasileiros. Eles irão se somar aos 1.096 médicos com diploma no Brasil, os quais se inscreveram na primeira seleção do programa. 

Até o fim do ano de 2013 está previsto a chegada de 4.000 médicos cubanos. Essa política faz parte de um acordo do governo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que prevê a intermediação de convênios internacionais, entre os quais o realizado com Cuba, para levar médicos às regiões que não tiverem as vagas preenchidas pelo programa. 

As entidades médicas consideram que o convênio realizado com o governo cubano é uma forma de terceirização dos serviços médicos para fins lucrativos. O governo brasileiro vai pagar R$ 10 mil por mês a cada médico. No caso do convênio estabelecido com Cuba, o dinheiro vai ser repassado para a Organização Pan-Americana de Saúde e, depois, para o governo cubano o qual repassará aos médicos da ilha. O governo brasileiro diz não saber quanto cada médico de Cuba irá receber no fim do mês. E que isso será decidido pelo próprio governo cubano.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Trabalhadores rurais deixam a sede do Incra sob compromisso do governo

Trabalhadores rurais, que acampavam o entorno da sede
do Incra e MDA, criticavam as ações do governo Dilma
(Foto: ANotA)
por Almir Cezar, de Brasília

Saíram na noite de quarta-feira (21) os trabalhadores rurais de todo o Brasil que estavam acampados no entorno da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e das secretarias do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) desde segunda-feira (19), quando chegaram a bloquear o prédio.

No mesmo dia do início da ocupação, as associações de servidores dos dois órgãos soltaram nota pública de apoio ao movimento. A ocupação terminou depois que o governo concordou em assumir o compromisso de dar andamento a uma pauta de reivindicações contendo 23 pontos fundamentais para os trabalhadores rurais.

Estes trabalhadores agricultores familiares e sem terras ligados a Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), MLT (Movimento de Luta pela Terra), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), MBST (Movimento Brasileiro dos Sem Terra) e Feraesp (Federação dos Assalariados Rurais do Estado de São Paulo) buscam, além de uma Reforma Agrária efetiva, a negociação de dívidas de agricultores familiares, celeridade no cronograma de desapropriação das áreas destinadas à reforma agrária, garantia dos créditos de instalação dos assentados suspensos no momento, entre outras questões.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Servidores do INCRA e MDA se solidarizam com trabalhadores rurais que ocupam sede dos órgãos

Trabalhadores rurais seguem mobilizados acampados no
entorno do prédio do INCRA e MDA (Foto: ANotA)
por Almir Cezar, de Brasília

Os trabalhadores rurais ligados a CONAFER, MLT, MST, MBST e FERAESP, que ocupam desde madrugada de segunda-feira (19) o edifício Palácio do Desenvolvimento, sede do INCRA e das secretarias do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), bloqueando inicialmente o prédio e depois mantendo desde a tarde desse dia um acampamento no seu entorno, receberam sob forma de nota pública a solidariedade dos servidores do dois dos órgãos agrários.

As direções das três entidades associativas dos INCRA e MDA, a ASSEMDA (Associação Nacional dos Servidores do MDA), a ASSERA/Br (Associação dos Servidores da Reforma Agrária de Brasília) e a CNASI (Confederação Nacional das Associações dos Servidores do INCRA), em nota pública manifestaram apoio as reivindicações e pedem das negociações efetivas das direções dos órgãos federais com esses movimentos sociais do campo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Trabalhadores rurais ocupam o INCRA e MDA

Edifício sede do INCRA e do MDA amanheceu ocupado
por trabalhadores rurais de movimentos sociais
(Foto: ANOTA)
Atualizada às 14h14

por Almir Cezar, de Brasília


Na manhã desta segunda-feira (19) trabalhadores rurais ligados a movimentos sociais do campo ocuparam em Brasília (DF) o edifício sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e das secretarias do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para obter o cumprimento de acordos com o Governo.

Dentre as reivindicações da CONAFER (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), MST (Movimento Sem Terra), MLT (Movimento de Luta pela Terra), MBST (Movimento Brasileiro dos Sem Terra) e FERAESP ( Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo) está relacionado aos créditos de instalação dos assentados prometidos, por agora retirados; negociação das dívidas dos agricultores familiares; celeridade ao cronograma de desapropriação das áreas destinadas à reforma agrária; e distribuição de terras para as famílias que vivem acampadas em diferentes regiões do país.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Terceirizados com salários atrasados realizam protesto no Ministério do Desenvolvimento Agrário

Atualizado às 16h30, Última atualização em 20/03/2013
Trabalhadores terceirizados ocupam andar do gabinete do
ministro do Desenvolvimento Agrário (Foto: ANOTA)
por Almir Cezar, de Brasília

Nesta manhã (14/08) os trabalhadores terceirizados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)   realizaram um ato no 2° andar do Edifício Palácio do Desenvolvimento, sede da maioria das secretarias desse ministério e do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para conseguir do gabinete do ministro Pepe Vargas um compromisso político de que o órgão se responsabilize em pagar prontamente os salários e auxílios atrasados do mês de agosto.

Desde a semana passada os salários dos trabalhadores de recepção, contínuo, técnico em secretariado e apoio operacional em geral da empresa prestadora de serviço Adminas estão atrasados no MDA e em mais dez outros órgãos públicos, entre eles o Ministério do Justiça, Fazenda e Banco do Brasil. Apesar de não depositar o salário de centenas funcionários apenas em Brasília, o repasse referente aos serviços prestados foram feito pelos respectivos órgãos. Essa empresa parece ter falido, e seus donos estão praticamente incomunicáveis. Outra empresa também está na mesma situação, a Delta, agravando o problema.

A grande imprensa já confeccionou matéria jornalística sobre essa crise que afeta o governo. Contudo, segundo a imprensa, aparentemente parece ser apenas o MDA o único órgão a não se comprometer a pagar diretamente, algo confirmado pelo movimento desses trabalhadores lesados.

Empresas anunciam retorno das pesquisas de viabilidade do Complexo do Tapajós

Por Cândido Cunha Neto, direto do blog Língua Ferina


mapa da área afetada ao longo do Rio Tapajós

De Santarém - Por meio do recém-lançado blog “Usinas do Tapajós”, o conglomerado de empresas responsáveis pelos estudos de impacto ambiental do Complexo Hidrelétrico, o autodenominado  “Grupo de Estudos Tapajós”, acaba de anunciar o retorno dos estudos ambientais para aproveitamento hidrelétrico de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, no Oeste do Pará.  Os trabalhados serão retomados ainda nesta segunda, 12 de agosto, e contará com a presença, além dos pesquisadores contratados, de “equipes de segurança”.

Conforme a peça publicitária, a retomada das pesquisas foi comunicada pelo Ministério de Minas e Energia à presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assiratie, que por sua vez teria “formalizado o prosseguimento das pesquisas às lideranças da Associação Indígena Pusuru (AIP) e do Conselho Indígenas Munduruku do Alto Tapajós (Cimat)”. Recentemente, caciques e lideranças indígenas apontaram uma manobra do governo federal e autoridades de Jacarecanga para tentar tomar a represenção Pusuru.

Ainda conforme o documento do “Grupo de Estudos do Tapajós”, nenhum trabalho de pesquisa seria feito em terras indígenas. Além dos estudos ambientais, seriam retomados o “cadastramento socioeconômico dos habitantes da região”.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Grupo organizado nas manifestações de junho está acampado há um mês em frente ao Congresso Nacional

Por Ademar Lourenço, de Brasília
  
 “Isso aqui não tem nada a ver com partido. Não somos uma organização”. Era o que repetia a cada dez minutos de entrevista os membros do acampamento que está em frente ao Congresso Nacional. Eles defendem, entre várias causas, uma proposta de reforma política. Segundo um dos membros do movimento (“Não temos líderes”, outro mantra repetido várias vezes), eles estão lá desde o dia 5 de julho e não têm data para sair.

   A referência dos manifestantes está nos vários acampamentos realizados pelo mundo. Um exemplo foi as milhares de pessoas que ocuparam praça Tahir, no Egito, movimento que culminou na queda do ditador Hosni Mubarak em 2011. Na Espanha, nos Estados Unidos e na Turquia as pessoas também armaram barracas em locais públicos para fazer protestos.

   Eles dizem ser cerca de 50 pessoas vindas de vários estados. Tem gente de Pernambuco, Roraima, Brasília e de outros lugares. Brasileiros de várias idades e profissões. Segundo os próprios membros do acampamento, eles se conheceram pela internet e nas grandes manifestações que tomaram conta do país em junho deste ano.

Projeto de Lei que amplia terceirizações deve ser votado essa semana. Nova lei traz prejuízos e deve ser barrada

ECONOMIA
Por Almir Cezar, de Brasília 

Charge empregada por vários sindicatos denunciando a PL
   O Projeto de Lei (PL) 4.330/04, que regulamenta a terceirização no Brasil, que abre caminho para a ampliação e consolidação da terceirização, deve ser votado essa semana. Encarada como "reforma trabalhista disfarçada", é alvo de protesto pelo movimento sindical, e de fato traz graves prejuízos aos trabalhadores, devendo ser barrado.

   Apresentado pelo deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO), o PL permite a terceirização em atividades essenciais de empresas públicas e privadas, prevê o fim da “responsabilidade solidária” (que transfere à empresa contratante a obrigação de garantir os direitos trabalhistas caso sejam desrespeitados pela contratada), e não garante a isonomia de direitos entre terceirizados e trabalhadores diretos. 

   Desde o último mês, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), parlamentares, representantes de trabalhadores e de empregadores se reúnem para tentar um acordo sobre a proposta. O projeto tem previsão de ser votado esta semana, em caráter terminativo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado, irá à sanção da presidenta Dilma Rousseff, cujo partido (PT) foi um dos maiores críticos da redução de direitos trabalhistas que o então presidente Fernando Henrique Cardoso tentou aprovar em vão.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ATO MÉDICO: Marcha da Saúde em Brasília exige manutenção dos vetos

A marcha fez seu ato de encerramento no gramado em
frente ao Congresso Nacional (Foto: Jorge Henrique)
por Almir Cezar, de Brasília

Na última terça feira, dia 06, cerca de mil pessoas realizaram uma marcha em Brasília para exigir do Congresso Nacional a manutenção dos vetos da Presidente Dilma à Lei nº 12.842/13, conhecido como 'Lei do Ato Médico'. 

Caravanas com representantes de 13 categorias profissionais da saúde saíram de vários Estados do Brasil para participar da marcha que faz parte do calendário de mobilizações pela manutenção dos vetos, organizado por conselhos profissionais, federações, sindicatos, estudantes e movimentos populares da saúde. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Protesto pelo Fora Cabral termina em ocupação da câmara de vereadores do Rio

Foto: ED
Por Rodrigo Noel, do Rio de Janeiro

Após tentativa frustrada de ocupação da Alerj, os ativistas seguiram em marcha pelas ruas do Centro até a Cinelândia

   O Rio de Janeiro viveu mais um dia de protestos contra o governador Sérgio Cabral nesta quinta-feira. Organizado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem, o protesto iniciou com uma caminhada pela Avenida Rio Branco saindo da Candelária. Entre outras reivindicações, os manifestantes exigiam o fim da polícia militar, a revogação da privatização do Maracanã e o passe-livre.

Foto: Rodrigo Barrenechea
   Enquanto o ato principal seguia pela Avenida Rio Branco, dezenas de ativistas tentaram ocupar as galerias do plenário da Assembleia Legislativa do RJ (ALERJ). Passados poucos minutos, a presidência da casa ordenou que os seguranças da ALERJ botassem os manifestantes pra fora. A ordem foi atendida e a truculência foi a regra: sobraram gás de pimenta e agressões físicas aos manifestantes, até mesmo para alguns deputados presentes que conversavam com os trabalhadores e estudantes que lá estavam. A professora Vera Nepomuceno, diretora do SEPE-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), teve seus óculos propositalmente quebrados por um dos seguranças da ALERJ.


Foto: Rodrigo Noel
   Já do lado de fora do Palácio Tiradentes (sede da ALERJ), os cerca de mil ativistas logo se reorganizaram e seguiram em marcha pelas ruas do Centro em direção à Cinelândia, tradicional palco de manifestações populares. Centenas de policiais sem identificação acompanharam a caminhada pacífica. Diversos manifestantes permanecem neste momento na Praça Floriano Peixoto, exigindo o “Fora Cabral”, transporte 100% público, o fim da dupla função para motoristas de ônibus, entre outras reivindicações. Uma pergunta permanece: cadê o Amarildo?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Pesquisa científica, a indústria farmacêutica e o mercado da saúde

SAÚDE
por Jorge Henrique, de Brasília

Com a globalização aliada aos avanços no campo da informática e da pesquisa científica, a Medicina está vivendo um período de mudanças radicais. Avanços tecnológicos constantes, novos materiais, medicamentos e exames proporcionam tratamentos eficientes, obtendo a cura de doenças que antes eram consideradas irremediáveis.

Apesar dos benefícios irrefutáveis no diagnóstico e tratamento das doenças, é necessário evitar o deslumbramento com o mundo sofisticado da medicina, e considerar na corrida pela Panaceia, aspectos como as tensões entre o valor mercadológico, valor clínico e valor social das inovações em saúde. A história do tratamento de doenças consideradas imbatíveis revela que o desenvolvimento acelerado de recursos tecnológicos é guiado pela demanda crescente de novos pacientes, pela necessidade contínua de inovações e pela competição entre empresas farmacêuticas multinacionais.

Pesquisas clínicas, consenso terapêutico, registro, judicialização, prescrição, propaganda farmacêutica, preço e produção, são capítulos de uma novela em que a trama principal é a disputa de interesses entre laboratórios, empresas farmacêuticas e a população – a parte mais interessada.