sexta-feira, 22 de maio de 2015

Protesto por mais verbas leva 1000 à sede do governo estadual do Rio

por Rodrigo Barrenechea, do Rio de Janeiro

Faixa convocando ato na FFP-UERJ. Fotos: RB
  Na tarde desta quinta (21), por volta de mil pessoas participaram de uma marcha por mais verbas para a educação universitária. Professores, alunos e servidores das 3 universidades estaduais do Rio - UERJ (e seus 3 campi, Maracanã, FFP-São Gonçalo e FEBF-Caxias), UEZO e UENF - e do Colégio de Aplicação da UERJ foram às ruas por mais verbas e pela regularização do pagamento aos terceirizados. A falta de recursos, causada pelos ajustes fiscais implementados pelos governos federal e estadual, vem causando repetidos atrasos nos salários dos funcionários terceirizados. Assim, diversas unidades tem tido dificuldade para funcionar, como o CAp-UERJ e o campus Maracanã da UERJ, que teve o funcionamento dos elevadores paralisado semana passada.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Greve da educação do Pará completa 55 dias de luta

Professores mantêm resistência contra a intransigência do governo de Simão Jatene


por Wellingta Macêdo, de Belém do Pará.


Aluno participa de protesto dos professores paraenses
Foto: Wellingta Macêdo
  No dia 25 de março passado foi deflagrada a greve dos professores da rede estadual de ensino do estado do Pará. Os professores e professoras reivindicam há tempos a valorização do magistério, tão desrespeitado pela política implementada pelo governador do Pará, Simão Jatene (PSDB). Há mais de oito anos Janene governa o estado, que é um dos campeões em falta de estrutura nas escolas públicas, falta de merenda escolar, desvio de verba, o que acaba comprometendo a qualidade de ensino. 


Para além disso, os professores estão lutando pelo pagamento do piso salarial nacional; só que o governo alega que não tem dinheiro e ainda propõe pagar o retroativo do piso em 18 meses. A categoria briga também pela implementação da hora pedagógica e a lotação por jornada, umas das principais polêmicas com o governo, que chegou a chamar os professores de “mafiosos”. Os professores têm realizados passeatas constantes até a SEAD (Secretaria de Administração) e já ocuparam a Seduc (Secretaria de Educação). Na semana passada, ocuparam o CIG (Centro Integrado do Governo) por três dias, numa tentativa de forçar uma negociação com o governo, já que o mesmo até o momento fez apenas uma proposta indecorosa para a categoria e pagou um anúncio milionário na principal rede local, com mentiras e calúnias sobre a greve.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O 13 de maio nos tornou livres?

por Wellingta Macedo, de Belém

Trecho da publicação oficial da "Lei Áurea",
assinada pela Princesa Isabel
Há 127 anos, um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade (apesar de nunca ter sido reconhecido oficialmente pelas autoridades, como o Holocausto Judeu, por exemplo), chegava ao fim, oficialmente. Era o fim da escravidão no Brasil. Mas antes da Lei Áurea (como ficou conhecida) ser assinada, duas outras leis já existiam. A lei n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos e a lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil".

Só pra vocês saberem, 13 de maio de 1888, foi um domingo, dia do aniversário de D. João VI, bisavô da Princesa Isabel. O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir completamente a escravatura. Até o dia 15 de dezembro de 1930, o dia 13 de maio era feriado Nacional. Getúlio Vargas revogou o feriado, através de um decreto (mais um motivo pra eu não gostar desse sujeito).

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem realiza eleição

por Rodrigo Barrenechea, de Belo Horizonte, MG

Pouco antes da apuração, a chapa 2 se reúne para avaliar o processo
e levantar a moral dos fiscais e escrutinadores (fotos: RB)
Ocorreram, no início deste mês de maio, as eleições para a renovação da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e região. A nova diretoria toma posse este ano e fica na direção do sindicato até 2019. As 47 urnas - tanto fixas quanto itinerantes - coletaram cerca de 2500 votos nas quase 900 empresas que o sindicato tem como base. Esses 2500 votos, por um lado, correspondem a menos da metade do número de filiados do sindicato - perto de 6.700 -, e muito abaixo dos 70 mil trabalhadores na base sindical.


Duas chapas se apresentaram para a disputa: a chapa 1, da situação, ligada à atual diretoria e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), e a chapa 2 - "Chão de Fábrica", que tem o apoio da CSP-Conlutas, e que reuniu os principais ativistas, tanto das empresas da região quanto dos aposentados da categoria. Um elemento importante, apontado pela oposição, é o fato de que vários diretores da atual gestão estão afastados do trabalho há quase 20 anos, sendo que vários conseguiram novo vínculo empregatício recentemente, em situação bastante suspeita.