quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dilma vai a Davos e 'vende' o país

por Almir Cezar, da sucursal Brasília

No último sábado foi ao ar uma reportagem especial do Programa Censura Livre, sobre a visita da presidenta Dilma Roussef e de seus principais auxiliares econômicos ao  Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, em sua primeira ida a esse mais importante encontro anual de empresários, políticos e especialistas econômicos capitalistas do planeta, procurou rebater críticas à economia brasileira e a dos demais BRICS e ‘vender’ o país.

Você  pode ouvir e participar do programa através dos sites www.radioaliancafm.com.br ou www.radioaliancafm.org, pelo e-mail programacensuralivre1@gmail.com ou ainda pelos telefones (21) 2724-2263 e 2604-1553. Também pode ouvir a Rádio Aliança no seu celular, baixando o aplicativo Tune In.

O Programa Censura Livre, com reportagens, debates e o conteúdo editorial da Agência de Notícias Alternativas - ANOTA, vai ao ar no sábado das 18 às 20h (reapresentação às terça-feira, das 17 às 19h), na Rádio Aliança 98,7 FM, de São Gonçalo/RJ.

Reportagem especial: "Dilma vai a Davos e 'vende' o país"

Olá ouvintes,

A presidenta Dilma Roussef visitou esta semana o Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, em sua primeira ida a esse mais importante encontro anual de empresários, políticos e especialistas econômicos capitalistas do planeta, procurou rebater críticas à economia brasileira e a dos demais BRICS e ‘vender’ o país.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Postos de combustíveis: Em Minas Gerais patrões mantêm-se irredutíveis. Trabalhadores ameaçam greve no setor

Por Adriano Espíndola Cavalheiro, de Uberaba (MG)
Especial para a ANOTA

Trabalhadores de postos de combustíveis de Minas
Gerais ameaçam com greve no setor (Foto: EBC)
Realizado na Superintendência Regional do Trabalho de Belo Horizonte, o sétimo encontro entre os Sindicados dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis de Minas Gerais com o sindicato dos patrões do setor, conhecido por Minaspetro. Da reunião participou ainda a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenespospetro), representada por seu presidente Francisco Soares de Sousa e seu diretor regional Hozano Félix.

Apesar deste ter sido o sétimo encontro dos representantes frentistas mineiros com os patrões - o primeiro com a intermediação do Ministério do Trabalho pelo fato das negociações diretas não terem dado resultados pela intransigência patronal, a bancada patronal, liderada pelo empresário do setor, Maurício Vieira - manteve a resistência observada nos encontros anteriores.

Os frentistas querem reajuste de 12% sobre os salários e PLR, aumento no valor da  Cesta básica, de R$60,00 para R$100,00, além do acolhimento de reivindicações de cunho social constante da pauta e elaborada conforme os precedentes do TRT/MG, ou seja, conforme a maioria das decisões judiciais tomadas pela Justiça do Trabalho de Minas, quando este órgão julgam negociações coletivas que restaram frustradas, os chamados dissídios coletivos.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Servidores públicos federais lançam sua campanha salarial hoje

por Almir Cezar, de Brasília

Cartaz da campanha salarial dos servidores federais
Os servidores públicos federais (SPFs), reunidos no Fórum Nacional de Entidades dos SPFs, começam a aquecer os motores para 2014, com um intenso calendário de mobilizações de sua campanha salarial já desde janeiro, lutando por seus direitos e por melhores serviços públicos para a população. Hoje (22/01) as entidades realizarão atos públicos nos estados para marcar o lançamento da campanha salarial.  Estão previstos atos nos estados, marcha em Brasília e a possibilidade de uma greve unificada dos SPFs. Em seguida, no dia 05 de fevereiro, ocorre a marcha nacional em Brasília.

O Fórum dos SPFs conta com a participação de 31 entidades, entre elas CSP-Conlutas, CTB, CUT, Condsef (Confederação dos SPFs), Fenasps (Federação Nacional dos Servidores da Saúde, Previdência e Seguridade), Fenajufe (Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), entre outras.

No dia 5, acontece o lançamento nacional da Campanha, com ato em frente ao Ministério do Planejamento, a partir das 9 horas. No dia 6, as entidades promovem junto com a Auditoria Cidadã da Dívida um debate sobre a dívida pública, um dos principais agravantes da falta de investimentos no setor público no Brasil. O Fórum dos SPF volta a se reunir no dia 7 de fevereiro.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Na contramão: Alta nos juros ameaça o equilíbrio dos preços

por Almir Cezar, de Brasília

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), ao elevar a taxa básica de juros (Selic) para 10,5% ao ano, na quarta-feira (15/01), acrescentou mais 0,5 ponto percentual à trajetória iniciada em abril de 2012, quando a Selic estava em 7,25% ao ano. Contudo, a alta da Selic, usada para baixar inflação, causada principalmente pelos preços dos alimentos, desestimula a produção e ameaça justamente o equilíbrio de preços.

Com alta dos juros o crescimento não se sustenta

Não por acaso, na sexta-feira (17/01), o Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil), indicador que antecipa o PIB (Produto Interno Bruto), apurado oficialmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A economia brasileira não sustentou a tendência de aceleração registrada em outubro do ano passado após o fraco desempenho do terceiro trimestre.

A atividade caiu 0,31% em novembro na comparação com o mês anterior. O número é pior do que a expectativa dos analistas. Demonstrando a instabilidade no crescimento da economia no ano passado. O resultado de novembro representou o oitavo mês seguido de em que o índice alternou altas e baixas. Em outubro, havia subido 0,7%.

Severas críticas  e desequilíbrios nos preços provocado pelos juros

A iniciativa taxada pela grande imprensa de inevitável, ao contrário, é criticada por economistas não-ligados ao mercado financeiro - grande beneficiário com a medida - porém pouco ouvidos. Segundo eles não haveria necessidade dessa política.  Embora juros altos reduzem o consumo, também inibe os investimentos, necessários para a recomposição do parque industrial e geração de mais empregos, e que aumentam a produção, logo a oferta de bens e serviços que combateria justamente a alta de preços.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Rio de Janeiro realiza primeiro ato contra o aumento das passagens em 2014

texto e fotos por Rodrigo Barrenechea, editor

Fim de tarde no centro do Rio, ainda fazia bastante calor, mas nuvens carregadas tomavam o céu de assalto. Aos poucos, os manifestantes iam chegando na Candelária, suas bandeiras vermelhas, pretas, suas faixas e cartazes. Os discursos que antecederam o ato se sucediam mas a tônica era a mesma: ninguém aceitará um novo aumento da passagem sem resistência. Lembre-se que, se no município do Rio a tarifa ainda não aumentou, em São Gonçalo ou nos intermunicipais o preço já sofreu reajuste...


 Cerca de mil manifestantes se reuniram e começaram a marcha, seguindo pela Avenida Rio Branco. No céu, já escuro pelas nuvens, relâmpagos e trovões se faziam sentir, e a cada estrondo a massa respondia aos gritos. Era a animação dos manifestantes combinada com o esgotamento causado pelo calor, e que se sentia na felicidade das pessoas quando a chuva caiu. E que chuva!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Se não fosse o racismo, não existiria o “rolezinho”

por Ademar Lourenço, de Brasília

O primeiro “rolezinho” da história foi no dia 1º de fevereiro de 1961, na cidade norte-americana de Greensboro, no estado da Carolina do Norte. Não, ninguém estava tocando funk. Na verdade, o que incomodou foi o silêncio. Quatro jovens negros se sentaram em uma lanchonete e esperaram ser servidos. Era uma lanchonete onde só brancos poderiam frequentar. Sem resposta, continuaram sentados, se negando a inclusive a respoder às provocações das pessoas. Causaram um alvoroço na cidade inteira e depois no país.

“São pessoas como vocês que nos causam problemas. Vão lá para baixo, se querem comer” advertiu uma garçonete. Parece que em mais de 50 anos as reclamações são parecidas. O “rolezinho” que começou uma grande mobilização pela igualdade racial no mundo inteiro ainda não conseguiu alcançar seus objetivos. Mas pelo menos as leis de segregação nos Estados Unidos foram banidas.

Jovens ouvindo música e flertando incomoda?  Também não incomoda os playboys em seus carros no meio trânsito, nas seis da manhã de uma puta segunda-feira com o som tocando alto no centro da cidade?  Porque ninguém reclama? Porque não chama a polícia para reprimir carnaval de rua que cobra abadá a R$ 400,00? A discussão não é sobre sossego público ou lugar para se divertir. É sobre RACISMO.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O aumento do IPI e a estagnação

por Almir Cezar, de Brasília

No fim do ano o Ministério da Fazenda suspendeu a redução da alíquota do IPI (imposto sobre produtos industrializados) sobre uma série de bens a partir de 1º de janeiro de 2014 – revertendo parcialmente a alíquota que vigorava antes do governo determinar a redução do IPI para incentivar o consumo e evitar demissões no país, no início de 2012. A medida tinha sido uma das ações adotadas por Dilma Rousseff para combater os efeitos da crise mundial, aquecer a economia interna e evitar demissões. Contudo, não foi isso que aconteceu.

Para os carros populares (1.0), a alíquota de IPI, que hoje está em 2%, passa a ser de 3%. A alíquota de 3%, no caso dos carros populares, vai valer até 30 de junho de 2014, quando o governo então vai avaliar se haverá novo aumento, para 7% .

A queda na atividade econômica, especialmente na produção industrial, e as desonerações para a linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos) e nos automóveis foram os principais fatores que provocaram a queda na arrecadação em 2012 e 2013, com prejuízos nas contas públicas, embora com baixo resultado na reversão da dinâmica da atividade industrial. As desonerações fiscais tinham sido utilizadas em 2009/2010 pelo então governo Lula, em reação à primeira onda da crise econômica mundial, com relativo sucesso - o mesmo não sendo verificado agora. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Coreanos suspendem greve geral, mas a luta contra privatização continua

Milhares de coreanos ocupam centro de Seul contra a privatização (29/12)
por Juzerley Santos, da Redação

Após 21 dias de uma greve que mobilizou o país a Federação Nacional dos Ferroviários (KRWU), decidiu suspender a paralisação no último dia 30/12. A decisão foi tomada junto com a Federação Coreana dos Serviços Públicos e dos Trabalhadores de Transportes (KPTU, sigla em inglês) e da Confederação dos Sindicatos (KCTU, sigla em inglês) que vêm apoiando a luta dos ferroviários.

A decisão pela suspensão da greve se deu após os ferroviários conseguirem uma importante vitória ao fechar um acordo com membros da Assembleia da Oposição Nacional, que prevê a criação de um Subcomitê sobre o Desenvolvimento da Indústria Ferroviária.

A greve, iniciada no dia 9/12, era contra privatização do setor ferroviário do país e foi duramente reprimida pelo governo de Park Geun-hy. Mais de 8 mil ferroviários foram demitidos, quase 200 sindicalistas presos e a sede da Federação foi atacada por tropas policiais. Nos dias 28 e 29/12 mais de centenas de milhares de coreanos ocuparam ruas e praças, principalmente na capital Seul, em solidariedade aos ferroviários.