sábado, 21 de outubro de 2017

Ato marca lançamento da Frente Nacional em Defesa da Educação Pública Superior

por Rodrigo Barrenechea, da redação

Fotos: Rodrigo Barrenechea
   Na tarde desta quinta (19), a Concha Acústica da Uerj foi tomada por estudantes, trabalhadores e população - unidos em defesa da educação superior pública, laica, gratuita e democrática. O governo Temer, mesmo antes da aprovação da PEC 55, já vinha cortando verbas das universidades e laboratórios de pesquisa, aprofundando uma tendência já observada desde os governos anteriores. Com o Reuni, ao mesmo tempo em que se dava uma desenfreada expansão das vagas sem o consequente aumento do custeio, aumentava a cobrança sobre docentes e técnicos por resultados sem que lhes fossem dadas as condições para alcançá-los. Com Temer a situação piorou, já que com o corte de investimentos e a crise econômica, o que era pouco tornou-se menos ainda. Por outro lado, a educação privada não tem muito do que reclamar. Segundo dados do Sindicato das Mantenedoras do Estado de São Paulo, 78% dos formandos dos últimos 10 anos são egressos de faculdades particulares, que em muito se beneficiaram de programas como Fies e Prouni.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Fim de um mito: Entre 2001-2015 não caiu desigualdade no Brasil

Por Almir Cezar Filho, da Coluna "Economia é Fácil", do programa Censura Livre

Essa semana foi divulgado estudo elaborado pelo pesquisador Marc Morgan de que a concentração de renda aumentou no Brasil no período 2001 a 2015 – praticamente durante a era PT. Por isso mesmo foi divulgado com certo deleite pela mídia corporativa.

Marc Morgan é integrante da Escola de Economia de Paris e fez a pesquisa dentro do marco teórico dos trabalhos de Thomas Piketty, o mesmo do livro O Capital do Século XXI e vários estudos sobre desigualdade social secular no Capitalismo.

Porém, a notícia acabou exprimida com aquelas acerca da suposta recuperação da economia – narrada como uma “milagrosa” ação “bem-sucedida” do governo Temer com seu ajuste fiscal, aprovação de reformas neoliberais no Congresso e privatizações.

Trata de mera propaganda da equipe econômica com respaldo dos conglomerados de mídia. As notícias usam alguns indicadores circunstancialmente favoráveis na Agricultura e nas exportações, a estabilização no desemprego (apesar em um patamar altíssimo) e a queda na inflação, combinada a um otimismo especulativo na bolsa de valores.

terça-feira, 25 de julho de 2017

O anúncio otimista de possível decisão de queda da SELIC esconde muito mais coisa

ECONOMIA | O neoliberalismo é um discurso em si mesmo; sempre a espera de autojustificação. O anúncio otimista de possível decisão de queda da SELIC esconde muito mais coisa. Por Almir Cezar Filho.

Após 2 anos e meio de ajuste fiscal e meio ano da PEC do congelamento dos gastos a economia continua patinando e o déficit público disparou. A maioria dos serviços públicos federais estão em uma semiparalisia por falta de recursos. Apesar da promessa de não aumento de impostos, o governo Temer o fez na semana passada e anunciou mais contingenciamentos. Agora a grande imprensa pressiona ainda mais pela aprovação da reforma da previdência social como desculpa para diminuir o gasto público. E o governo ainda anunciou um PDV para 5 mil servidores federais. Propagam até o falso dado de que a Previdência consumidora 60% do orçamento, na verdade 16%. Tentam blindar o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e equipe.

Na verdade, a crise fiscal não é de supergastos, mas de depressão na arrecadação,​ prejudicada pela crise econômica. O governo arrecadou 25% a menos nos últimos 6 meses do que no mesmo período do ano passado, que já tinha sido de forte queda em comparação ao ano anterior e especialmente 2014, ano que antecede a crise.

sábado, 17 de junho de 2017

LIBERDADE DE IMPRENSA VENCE AUTORITARISMO POLÍTICO: Jornalista conquista nova vitória contra Wagner Jr.

LIBERDADE DE IMPRENSA VENCE AUTORITARISMO POLÍTICO: Jornalista conquista nova vitória contra Wagner Jr.

Por Leone Rangel,

para ANOtA - Agência de Notícias Alternativas

Racib Idaló (foto direita) , jornalista uberabense conhecido pela coragem de sua caneta, acaba de conquistar nova vitória judicial contra Wagner do Nascimento Jr (foto esquerda),, político local que teve mais duas ações movidas contra o jornalista julgadas improcedentes, ainda que sem julgamento de mérito. Na defesa de Racib, a qual foi centrada principalmente na liberdade de imprensa e no dever de informar inerente a profissão de jornalista, atuaram os advogados do Escritório Adriano Espíndola Cavalheiro e Advogados Associados, entre os quais, o próprio Dr. Adriano e a Dra. Valéria Vieira Lopes.

Wagner Júnior, político herdeiro do clã Nascimento e que foi candidato a diversos cargos eletivos em Uberaba, sempre sem sucesso, tem travado uma verdadeira batalha judicial contra o Racib, alegando que estava sendo caluniado e difamado nas mídias sociais de comunicação mantidas pelo jornalista. Isso porque, Racib Idaló, no mês de janeiro de 2016, afirmou em seus perfis no facebook que Wagner Júnior estava ausente de Uberaba devido a dívidas por ele não pagas referente à campanha eleitoral de 2014 e, também, que o histórico político familiar dos Nascimento era no sentido de que, quando não conseguiam lançar candidatos à cargo principal, negociavam apoio da família para outros candidatos, dando o exemplo da candidatura de Isabel do Nascimento, mãe de Jr., à vice prefeitura do então candidato à prefeito Fahim Sawan em 2008.

sábado, 15 de abril de 2017

A reforma trabalhista de Temer

Sob desculpa de modernização parecer de deputado da base propõe fim de 300 direitos da CLT

por Adriano Espíndola Cavalheiro, de Uberaba (MG).

O deputado Rogério Marinho  (PSDB) apresenta parecer
 sobre a reforma trabalhista (Agência Brasil)
O governo Temer fez apresentar, recentemente, no Congresso Nacional, seu projeto de Reforma Trabalhista, Projeto de Lei nº 6.787/2016. Não bastasse os ataques previstos neste projeto aos direitos dos trabalhadores, o Deputado Rogério Marinho do PSDB, escolhido pela base governista relator da referida reforma, apresentou no dia 12/04 um substitutivo ao mencionado projeto de lei que, na prática, se aprovado, anulará os efeitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e dos instrumentos coletivos de trabalho na quase totalidade dos contratos de trabalho dos trabalhadores do país. 

O governo Temer, mesmo enchafurdado na lama de corrupção que toma conta do país, diretamente e por meio do referido deputado, pasmem pretende sejam suprimidos cerca 300 itens da CLT (100 artigos e outros 200 incisos, parágrafos e alíneas) visando, com isso, retirar da legislação (e até mesmo da jurisprudência, que é a decisão reiterada dos juízes e tribunais sobre determinado tema) direitos que garantem uma relativa civilidade nas relações de trabalho no Brasil, garantindo, minimamente, a dignidade do trabalhador, enquanto pessoa humana. 

O governo e os deputados que defendem essa reforma mentem ao dizer que a reforma trabalhista (que, sem medo de errar, acredito que deveria ser chamada de desmanche da legislação trabalhista) visa modernizar a CLT. Não se deixe enganar pois essa reforma é para retirar seus direitos e, ao mesmo tempo, responsabilidades de empresas, como, por exemplo, nas terceirizações. A reforma faz piorar o que já era ruim (a lei de terceirização aprovada dias atrás, sem qualquer debate com a sociedade). Ela retira quaisquer responsabilidades da empresa que contratou a terceira que registrará os trabalhadores terceirizados em caso de atuação do Ministério Público do Trabalho e/ou do Ministério do Trabalho. Isso permitirá, por exemplo, que em casos de trabalho escravo somente a empresa terceirizada, mas nunca a empresa ou a fazenda que contratou os serviços desta empresa terceirizada, sejam punidas pela prática. CADÊ A MODERNIZAÇÃO NISSO?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Protesto de servidores termina com forte repressão no Rio

Trabalhadores protestaram contra a privatização da Cedae e do aumento da contribuição previdenciária, entre outros temas


Por Rodrigo Noel



O fim do recesso parlamentar já apontava o retorno do pacote de austeridade do governo estadual a ALERJ, também conhecido como "Pacote de Maldades de Pezão e Dornelles". Dentre as diversas medidas que atacam direitos da população ao acesso a serviços públicos de qualidade, o pacote prevê o aumento da contribuição previdenciária dos servidores estaduais para 14%, um confisco adicional de 8% nos salários por 3 anos, a privatização da companhia estadual de água e esgoto (CEDAE), congelamento de salários, entre outras medidas como a extinção de algumas secretarias estaduais.



A manifestação dos servidores iniciou as 12h de ontem (1º) e contou com a presença de diversas categorias, desde a segurança pública até a educação, passando pelos serventuários e profissionais da saúde, além, é claro, dos trabalhadores da CEDAE.