quinta-feira, 31 de maio de 2012

Governo se nega ao diálogo diante de 48 universidades em greve

Em assembléia realizada na terça-feira, cerca de 2.000
estudantes da UFRJ declaram apoio a greve

O Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) informou que professores de 48 universidades e institutos federais já aderiram à greve. Apenas 11 instituições ainda não aderiram ao movimento nacional.

   Mesmo com a força demonstrada tanto pelo número de universidades em greve, quanto pelo apoio recebido, o governo federal ainda não fez nenhuma reunião com os grevistas até o momento. A primeira reunião ocorreria na última sexta-feira (25), no Ministério do Planejamento, mas foi suspensa por meio de um ofício encaminhado à representação sindical.

   A principal exigência é a reestruturação da carreira docente, prevista em um acordo firmado com o Ministério da Educação em agosto de 2011. Segundo informações do comando nacional de greve, grande parte dos professores que estão apoiando o movimento são novos na universidade.

   Os docentes afirmam que o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), implementado a partir de 2008, aprofundou a precarização das condições de trabalho. Obras inacabadas, falta do número ideal de docentes por curso e, conseqüentemente, sobrecarga de trabalho são alguns dos fatores apontados pelos grevistas.

   Além dos professores, estudantes de diversas universidades vêm se mobilizando. Em grande parte delas, como a UFF, UFRJ e UnB, as assembleias deflagraram também greve estudantil. Técnicos administrativos, que fizeram greve em 2011 também estão declarando seu apoio à paralisação dos professores, iniciada no dia 17 de maio.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CPMI adia decisão sobre convocação de Cavendish e quebra de sigilo da Delta

Por Luciana Lima, da Agência Brasil
   A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deixou de votar hoje (17) os requerimentos que pediam a quebra de sigilo da matriz da empresa Delta Construções e a convocação de seu ex-diretor, Fernando Cavendish. Os requerimentos, por decisão do relator, Odair Cunha (PT-MG), foram retirados de pauta para votação posterior.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Brasil registra 3,4 denúncias de homofobia por dia

Por Vivian Fernandes, da RagioAgência NP

Há 22 anos homossexualidade não é mais considerada doença pela OMS; 17 de maio é o Dia de Combate à Homofobia. De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, em 2011 ocorreram 266 homicídios de homossexuais no país.

   No Brasil,  diariamente 3,4 denúncias de violência contra homossexuais são registradas no Dique Direitos Humanos (Disque 100). No total, foram 1.259 denúncias recebidas pela Secretaria de Direitos Humanos do governo federal. Os dados são em relação ao ano de  2011.
Os casos envolvem violência física, sexual, psicológica e institucional. Também episódios de discriminação relacionada à opção sexual. Após a denúncia, os casos são encaminhados para a polícia e governos locais.

   Nesta quinta-feira (17), é comemorado o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia (rejeição a transexuais e travestis). Na mesma data, há 22 anos, a homossexualidade foi tirada da lista de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde.

   De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia - através de notícias publicadas na imprensa -, em 2011 ocorreram 266 homicídios de homossexuais no país. O governo federal e a maioria dos estados não faz esse tipo de levantamento.

   Uma proposta que busca criminalizar atos de discriminação contra homossexuais tramita no Senado Federal. Porém, a proposta encontra resistência da bancada evangélica. Atualmente, as agressões e injúrias contra homossexuais recebem punição de acordo com o código penal.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Walt Disney é condenada por reprodução não autorizada de "Os Incríveis"

Por TRT-RJ

   As empresas The Walt Disney Company Brasil Ltda e Delart Estúdios Cinematográficos Ltda foram condenadas a pagar indenização por danos materiais, no valor de R$25 mil, e danos morais, em R$15 mil, para cada integrante da equipe de dublagem do filme “Os Incríveis”, por reprodução não autorizada.

   A ação foi ajuizada pela Associação Nacional dos Artistas de Dublagem (Anad), a qual alegou que os artistas foram contratados pela Delart para dublar o desenho “Os Incríveis” exclusivamente para o cinema, mas houve reprodução não autorizada do filme, em outros meios, como DVDs e televisão, sem autorização da Associação e sem remuneração. Segundo a Anad, a Delart teria enviado à Walt Disney o arquivo de dados contendo a versão dublada, sem fazer qualquer ressalva, permitindo a reprodução do desenho dublado em outros meios de veiculação.

   Em recurso, a Disney afirmou que a autorização para exploração econômica da obra envolve tanto sua exibição em cinema, quanto comercialização em DVD e radiodifusão, salvo ressalva específica, inexistente no caso. Alegou, ainda, que o diretor de dublagem teria cedido e autorizado o uso irrestrito do direito conexo de dublagem, invocando, inclusive, os recibos de pagamento aos dubladores como prova do afirmado.

   Entretanto, para o juiz convocado Leonardo Dias Borges, relator do recurso, não houve prova nos autos de que o mencionado funcionário atuasse como diretor de dublagem de “Os Incríveis”. Ao contrário, ele era empregado da Walt Disney Company (Brasil) Ltda, sendo, portanto, seus interesses conflitantes dom os dos dubladores, contratados pela Delart.

   Ainda segundo o magistrado, a suposta “cessão de direitos” espelharia, na verdade, renúncia de direitos incompatível com o sistema jurídico vigente, especialmente com as normas de proteção insertas na Lei dos Direitos Autorais, pelo que seria desprovida de validade e eficácia, ainda que firmada pelo diretor de dublagem.

   “Restou incontroverso que os substituídos processualmente foram contratados para dublagem do filme de animação “Os Incríveis” para o português para aproveitamento exclusivamente no cinema, daí decorrendo que foi ajustada, de modo claro, restrição à utilização econômica da obra. É inegável que cabe ao produtor o uso econômico da obra cinematográfica, desde que sejam respeitados os limites do ajustado com os artistas que atuaram na realização do trabalho”, concluiu o juiz.

   A 2ª Turma manteve a indenização de R$25 mil para cada um dos dubladores, considerando-o adequado não só à reparação do prejuízo, como também, à função de desestimular o infrator. A indenização de R$15 mil por dano moral também foi mantida pelo órgão colegiado, não apenas com fundamento nos direitos morais previstos na Lei 9.610/1998, mas ainda com base nos direitos da personalidade.

   Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho são admissíveis os recursos enumerados no artigo 893 da CLT.

Transportes: por que se rejeita os VLTs

Rápidos e baratos, eles poderiam transformar mobilidade nas metrópoles. Porém, incomodam empreiteiras, frotas privadas de ônibus e obsessão pelo automóvel

Por Rogério Centofanti, no blog Outras Palavras

   Ninguém parece se conformar com a evidência: trânsito e transporte na cidade de São Paulo (e em alguns de seus satélites) estão além do suportável, e não existem soluções à vista, exceto por meio de medidas radicais. Não sabendo pensar mobilidade além dos meios convencionais, ou por nos recusarmos a imaginar soluções que ameacem a desconfortável “zona de conforto”, ficamos reclamando em círculos.

   Esquecemo-nos de que as soluções do passado converteram-se nos problemas do presente. O automóvel, enquanto saída individual e privada para os péssimos transportes coletivos (ruins em quantidade e qualidade), foi interessante até que milhões deles congestionassem ruas e avenidas, além de aumentar o custo das construções, pois a garagem tornou-se tão essencial como o dormitório.

   As motos chegaram aos poucos, como solução igualmente individual e privada, econômica e prática para escapar do trânsito, e hoje fazem parte do problema, em especial no quesito segurança.

   Para ajustar todo esse volume de pneus ampliaram-se ruas e avenidas, criaram-se túneis e viadutos, mas o volume do tráfego cresceu e cresce em proporção superior as obras. Reduziram-se as calçadas, impediu-se o estacionamento junto ao meio fio, mas não resolveu. Áreas que poderiam estar a serviço de construções de residências transformaram-se em estacionamentos privados, cujos preços são, proporcionalmente, mais caros do que dos aluguéis ou de estadas em hotéis.

   Além de monopolizar os espaços públicos, os veículos sobre pneus poluem a atmosfera que respiramos e roubam o reconfortante silêncio desejado dos ambientes comuns. São esses subprodutos que fizeram do “minhocão” um símbolo de fracasso transformam o opção por túneis num caso perdido.

   De que vale um carro possante, se a velocidade está limitada ao ritmo lento do trânsito? Com exceção do ar condicionado, os modernos automóveis equivalem, na operacionalidade, a um fusca 67. Automóveis movidos a células de hidrogênio resolverão os problemas de poluição atmosférica e sonora, mas os congestionamentos serão os mesmos. Isso também será verdadeiro para motos e ônibus movidos a energia limpa.

   Aposta nas bicicletas é uma bandeira de valor emblemático mas, sabemos todos, não solução de massa. Ainda que se criassem ciclovias ou ruas exclusivas para bicicletas, é evidente que seriam inviáveis em distâncias consideráveis, em especial nos dias de chuva.

   Como apelo extremo, mas para que as coisas fiquem como estão, fala-se em transferir residências para perto dos locais de trabalho, ou deles para perto das residências, como se isso fosse possível em uma sociedade movida pelo princípio do laissez faire econômico e social, e incentivador das iniciativas individuais como símbolo de liberdade –dentre elas, o próprio automóvel.

   A proposta mais razoável é alterar os horários de trabalho por categorias, mas isso irá gerar imenso problema no arranjo econômico das atividades. Por esse motivo, a ideia nunca avança.

   Anuncia-se a penalização do tráfego de automóveis pela adoção de pedágios urbanos, mas é uma proposta que prejudica exclusivamente os menos afortunados.

   Para reduzir o impacto do custo direto e indireto do automóvel em suas economias, as pessoas migraram para os transportes coletivos e públicos – trens e metrô – e descobriram que são insuficientes e falhos.

   Desnudados diante dessa evidência, governantes tentam empurrar a massa de usuários para os ônibus — coletivos, porém privados — o que devolve a tudo e a todos ao atoleiro dos pneus.

   Em complemento ao metrô, cujo benefício cultural e econômico é transitar por debaixo da superfície e, nessa medida, em nada alterar a saga rodoviarista nas ruas e avenidas, surgiu o monotrilho, que transita acima da superfície, mas cuja eficiência é uma experiência a ser conhecida. Se de um lado atraiu atenções como mais um esforço para desafogar a cidade, trouxe consigo o estigma do “minhocão”, pois irá roubar a vista, a privacidade e o silêncio próximo de janelas de edifícios residenciais, não raro de luxo, criando um problema desta vez imobiliário.

   As melhores saídas radicais que conheci no passado foram os “calçadões”. Não imagine o leitor que foi fácil decidir por eles. Comerciantes gritaram, pois teriam problemas com carga e descarga de mercadorias. Compradores gritaram, pois não teriam como estacionar seus carros na porta das lojas. Depois da gritaria generalizada, comerciantes encontraram soluções para abastecimento, assim como usuários de automóveis. Hoje, é pouco provável que comerciantes e consumidores aceitem que as coisas voltem a ser como eram. Os calçadões devolveram o espaço público totalmente ao uso público, isto é, para os pedestres.

   Evidente, entretanto, que não se pode imaginar a mobilidade nas grandes cidades com base nos pés. Se questionável com as bicicletas, o que dizer com os pés.

   Parece que a situação pode ser colocada, ainda que de forma difusa, da seguinte forma: 1) asfalto demais e calçadas de menos; 2) individual demais e coletivo de menos; 3) privado demais e público de menos.

   Transporte público e coletivo com grande e média capacidade de transporte é o que caminha sobre trilhos: trens, metrô e monotrilho — todos com a imensa vantagem de fazer uso de energia limpa. Trens e metrô têm vocação estruturadora – grande capacidade; monotrilho é, digamos, “capilar”, de média capacidade. Todos os três são segregados, isto é, caminham em vias próprias, sem cruzamentos, o que os torna velozes quando comparados aos “carrões” parados nos congestionamentos, inclusive os ônibus.

   Ninguém, entretanto, fala em VLT – Veículo Leve sobre Trilhos -, e muito menos em seus diferentes modelos e capacidades. Justamente ele, o mais barato da família dos trilhos, igualmente ecológico, pois movido por energia elétrica, nem mesmo é cogitado. Motivo? Disputaria com automóveis, carros e ônibus o espaço público das ruas e avenidas. A rigor, nem mesmo disputaria, pois o ideal é que a escolha fosse VLT ou os demais sobre pneus. Nisso ninguém quer pensar, e tampouco discutir.

   Nem mesmo se fala neles ocupando linha própria e paralela à dos trens, no mesmo leito, servindo os usuários que se deslocam entre estações próximas, e assim desafogando os próprios trens. Sequer essa possibilidade é discutida. VLT está fora do foco das atenções dos governos (estado e municípios), de gestores de empresas de transporte público, e dos inúmeros “especialistas” que voltam a apostas nos corredores de ônibus. Corredores de VLTs? Nem pensar.

   Afinal, qual é o problema do VLT, para se tornar o patinho feio na família dos transportes sobre trilho? É barato demais para atrair interesses? Roubará espaço físico e financeiro das empresas de ônibus?

   Ele seria uma boa solução para as regiões centrais – em especial nas extensas avenidas de comércios e serviços, ocupando espaço público hoje a serviço de carros e ônibus, permitindo o alargamento das calçadas para uso humano. Aliás, isso é igualmente verdadeiro para boa parte das longas avenidas que servem os bairros.

   Por que ninguém fala nisso? Pouca gente sabe, mas em 1916 a cidade de São Paulo tinha 227 km de trilhos urbanos, e na superfície. Que tal recuperar ao menos parte desse número?

   Não se faz omelete sem quebrar ovos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Novo rascunho da Rio+20 quer privatizar direitos sociais e ambientais

Por AsCom Cúpula dos Povos (Informe nº 19)

   A nova versão do documento oficial da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) corre o risco de marcar a privatização global dos direitos econômicos, sociais e ambientais se predominar a intenção de alguns países e da própria ONU de excluir do texto os Princípios do Rio (firmados na Rio-92) e outros que estabelecem o compromisso governamental de assegurá-los às populações. A avaliação é de Iara Pietricovsky, que integra o Grupo de Articulação da Cúpula dos Povos e voltou esta semana da mais recente reunião nas Nações Unidas destinada a produzir um texto consensual entre países e representantes da sociedade civil.

   Realizado em Nova York, esse deveria ter sido o último dos encontros preparatórios (PrepCom) antes da Rio+20, programada para 13 a 22 de junho. Com o agravamento das divergências, uma nova rodada de negociações foi convocada para os dias 29 de maio a 2 de junho.

   De acordo com Iara, a ONU, há muito tempo descapitalizada, está sendo capturada financeiramente por grandes instituições corporativas, como a Fundação Gates, a Fundação Clinton ou o Global Compact (ação de mobilização da ONU junto a corporações para ações ambientais). E esse movimento de "privatização da ONU", diz ela, se reflete diretamente nas propostas feitas para o documento oficial. Tentam esvaziar o papel dos Estados e fortalecer o das empresas, e estabelecer para a chamada "economia verde" metas de baixo impacto que não alterem significativamente os processos produtivos e de consumo.

   Entre os princípios que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os EUA, o Japão, o Canadá e a Austrália consideram desnecessários constarem do documento estão os Princípios do Rio, que atribuem aos Estados a maior parte das obrigações com justiça social e ambiental; o Princípio do Poluidor-Pagador (ou seja, o país deve arcar com os custos de sua poluição); e o Princípio da Precaução, também formulado na Rio-92, segundo o qual riscos potenciais graves que ainda não possam ser avaliados cientificamente devem ser prevenidos nos empreendimentos.

   "Na redação do documento, não querem a linguagem explicitada desses parâmetros internacionais de direitos que foram consolidados nos últimos 30 anos", critica Iara. Como resultado prático, ela prevê a substituição dos princípios por diretrizes de universalização que, no entanto, não contemplam a obrigação jurídica dos governos de cumpri-las. Saúde, saneamento, entre outros direitos, poderão estar atrelados, assim, às iniciativas e ao interesse do capital privado.

Metas medíocres

   A "privatização" apontada pela antropóloga também é evidente nas metas definidas para a "economia verde". "Alguma dessas fundações empresariais já vêm elaborando algumas metas de desenvolvimento sustentável, e há muito desconforto nos bastidores da ONU em relação a isso", diz Iara. "Os poderes públicos e os governos já são bastante capturados pelo interesse do capital, que começa a se infiltrar agora na maneira global de pensar das Nações Unidas."

   Isso explica em parte, diz ela, porque as intenções de realizar uma transição dos modos de produção para parâmetros mais sustentáveis, embora declaradas, não se traduzem nas metas definidas no rascunho. "Por exemplo, pretende-se dobrar o uso de energia limpa até 2030, o que significa chegar a ínfimos 8% (para os atuais 4%). Não se fala em transferência de tecnologia, só em acesso a ela. Também foram postergados para 2030 objetivos como acabar com a disparidade salarial de gênero no trabalho; aumentar a eficiência da agricultura em 30%; reduzir em dois terços a proporção da população com renda equivalente a menos de U$ 1,00 por dia, entre outras." Ou seja, na opinião da Iara, agrava-se o risco de retrocesso no documento como efeito da apropriação privada na governança das Nações Unidas.

   A antropóloga Iara Pietricovsky representa a Rede Brasileira sobre Instituições Financeiras Multilaterais (Rede Brasil) no Grupo de Articulação da Cúpula dos Povos na Rio+20, evento que vai reunir representantes da sociedade civil no Aterro do Flamengo de 15 a 23 de junho, com o objetivo de produzir propostas alternativas e críticas às diretrizes oficiais da Rio+20.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Reintegração de posse no Novo Pinheirinho do DF é suspensa


   Após três dias de tensão, numa linha muito tênue com o ocorrido em São José dos Campos na Ocupação Pinheirinho, o Novo Pinheirinho DF consegue quinze dias de fôlego para continuar na luta pela moradia na capital do país.

   Trata-se não de um acontecimento qualquer, mas produto de muita luta por parte das famílias que ocupam a área em Ceilândia!

   Em audiência com o juiz que havia autorizado a reintegração de posse, o próprio juiz adiou até o dia 15 de maio a reintegração de posse.

   Nesse meio tempo, o MTST entende que a luta continua e deseja que ao invés da truculência mostrada no dia 3 no Palácio do Buriti, possa haver diálogo para não apenas adiar mais um despejo, e sim possibilitar a garantia de moradia digna para os que lutam do MTST!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Fujimori é acusado de ter ordenado a esterilização de mais de 2 mil mulheres no Peru


   O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (1990-2000), que cumpre pena de prisão por denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos, é acusado por um grupo de mulheres de esterilização forçada e sem consentimento, no período de 1996 a 2000, em diversas cidades peruanas, na região de Cuzco.

   Há indicações de que cerca de 300 mil mulheres foram esterilizadas no período, por meio de ações do governo. Pelo menos 2.074 mulheres disseram ter sido forçadas às cirurgias.

   As mulheres movem uma ação judicial contra Fujimori, com o apoio da deputada Hilaria Supa (Partido Nacionalista Peruano), que integra a base de governo do presidente Ollanta Humala.

   A deputada e a organização não governamental Associação de Mulheres Afetadas pelas Esterilizações Forçadas de Cuzco apresentaram à Justiça local uma ação com mais de 3 mil páginas. Nela, as mulheres disseram ter reunido provas dos casos que indicam a responsabilidade de Fujimori.

   As denúncias das mulheres foram alvos de investigação policial e do Ministério da Saúde do Peru em 2002. Segundo as autoridades, 18 mulheres morreram devido às intervenções cirúrgicas feitas durante o governo de Fujimori. De acordo com as investigações, os alvos eram as mulheres mais pobres das áreas rurais do país.

Japão investiga elevados níveis de radiação em escolas da região de Fukushima


   O Conselho de Educação do Japão instruiu todas as escolas primárias e secundárias para verificar os níveis de radiação em suas instalações. A orientação foi transmitida depois que mais de 20 escolas da cidade de Koriyama, na região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, constataram níveis de radiação maiores que o permitido. Há cerca de 14 meses, explosões e vazamentos radioativos na usina provocaram acidentes nucleares e o esvaziamento de cidades inteiras.

   No mês passado, foram apresentados relatórios por cada escola da região de Fukushima. Nos documentos apresentados por 14 escolas, houve problemas em sete, pois nos jardins havia elevados níveis de radiação acumulada.

   O diretor da área de Direitos Civis do Conselho de Educação do Japão, Tokiko Noguchi, disse que estava preocupado.

   “Há muitos lugares nas escolas onde os níveis de radiação são ainda muito elevados'', disse.

   Em 11 de março de 2011, um terremoto seguido por tsunami atingiu o Japão. A região mais afetada foi a Nordeste, na qual está a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Em decorrência dos tremores de terra e do tsunami, houve vazamentos e explosões radioativas. Alimentos produzidos na área foram proibidos de ser comercializados e consumidos.

E AGORA CABRAL, VAI EXPULSAR ESTES PM'S TAMBÉM?!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alerta: Mesmice colocará em risco a Rio+20

Por AsCom Cúpula dos Povos (Informe nº 15)

   Um importante grupo formado por organizações brasileiras e internacionais humanitárias, de desenvolvimento, justiça social, ambientais e de trabalhadores informou na sexta-feira (4) que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá no próximo mês, parece destinada a agregar muito pouco aos esforços globais para garantir um desenvolvimento sustentável.

   O grupo também alertou que muitos governos estão demandando ou permitindo o enfraquecimento dos direitos humanos e de princípios já acordados como os de equidade, precaução e do ‘poluidor-pagador’.

   O alerta foi feito por Development Alternatives, Greenpeace, Fórum Brasileiro das ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), Confederação Sindical Internacional (CSI), Oxfam e Vitae Civilis depois de duas semanas de negociações entre os governos sobre o documento que deverá ser apresentado como resultado oficial da Rio+20.

   A conferência marca o 20º aniversário da histórica Cúpula da Terra, que ocorreu em 1992 no Rio de Janeiro, na qual foram firmados tratados internacionais para combater as alterações climáticas e conservar a diversidade da fauna, flora e outras formas de vida da Terra. A Rio +20 terá a responsabilidade de propor novas formas de garantir um mundo mais seguro, justo, limpo, sustentável e próspero para todos.

   Antonio Hill, da Oxfam, afirmou que “depois de quatro meses de negociações do rascunho inicial do documento, as negociações estão emperradas na estaca zero. Em termos de propostas efetivas capazes de prover as mudanças que os governos acordaram há 20 anos na Cúpula da Terra, nada, ou muito pouco foi feito até o momento”.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Conversa de arquiteto (Com Oscar Niemeyer)


   Um dia, Darcy Ribeiro me contou uma história engraçada. Tinha organizado uma mesa-redonda para debater os problemas dos índios brasileiros. Entre os convidados, havia um índio seu conhecido, e, durante uma hora, as questões foram discutidas sem que ele dissesse uma única palavra.
   Surpreso, Darcy o interrogou: "Você não que falar?". "Não", foi a resposta. O nosso antropólogo insistiu: "Por quê?". "Estou com preguiça", respondeu o rapaz.
   Todos riram, e eu fiquei a matutar: será que o índio não acreditava mais em certo tipo de promessa, naquelas boas intenções a que os nossos irmãos mais pobres já estão tão habituados?
   Confesso que, tal qual o índio, tenho preguiça de participar de congressos, simpósios que surgem sobre arquitetura, de escutar as opiniões mais ridículas, os pontos de vista já superados, que, neles, impacientes, somos obrigados a ouvir.
   Certa vez, Alvar Aalto, cansado de tais conversas, declarou que não existe arquitetura antiga e moderna. O que existe, no seu modo de ver, é boa e má arquitetura.
   É evidente que Alvar Aalto tinha razão. Mas como eram limitadas, nos velhos tempos, as possibilidades de se caminhar na arquitetura!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Secretário-Geral da ONU condena decisão de Israel sobre novos postos avançados na Cisjordânia

Por ONU-Br

   O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou na terça-feira (24/04) que está “profundamente preocupado” com a decisão de Israel de formalmente aprovar três postos avançados na Cisjordânia, descrevendo a ação como ilegal perante a lei internacional.

   Em um comunicado emitido por seu porta-voz, Ban disse que os assentamentos vão contra a obrigação de Israel diante do Mapa da Paz, um acordo proposto em 2003 pelo chamado Quarteto diplomático. Ele reforçou o apelo dos EUA, Rússia e União Europeia para que Israel e Palestina se abstenham de provocações. “O Secretário-Geral está desapontado com o fato da decisão vir em um momento de esforços renovados para retomar o diálogo”, afirma o comunicado.

   Este mês, negociadores se reuniram em Amã e concordaram com uma troca de cartas descrevendo suas posições. Até então as autoridades de ambas as partes haviam reiterado sua vontade de negociar.

   O Quarteto estimulou que a Autoridade Palestina continue seus esforços de construção institucional e pediu que a comunidade internacional garanta a contribuição de 1,1 bilhão de dólares para atender as necessidades de financiamento da Autoridade Palestina.

CSP-Conlutas reúne 2 mil pessoas em passeata na Paulista


   A concentração começou por volta das 9h, no vão livre do Masp, onde foi realizado um ato político. Os manifestantes desceram a rua da Consolação até a igreja, onde finalizaram o evento, por volta das 14h30.

   Participaram do ato trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte e do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve.

   Também estavam presentes metalúrgicos de São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários do Rio Grande do Norte, professores e representações quilombolas de diversos Estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores públicos federais, estaduais e municipais, operários da construção pesada de Suape (PE), estudantes, rodoviários de Fortaleza (CE), movimentos populares de São Paulo e do Pinheirinho, entre outros.

   Uma delegação internacional, com representantes de organizações de trabalhadores países como Egito, França, Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Senegal, Benin, África do Sul, EUA, Canadá, Costa Rica, Haiti, México, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai, também estava presente.

   A manifestação na Paulista foi integralmente mobilizada por movimentos sociais e sindicais.

   Confira a nota no site da CSP-Conlutas