segunda-feira, 30 de março de 2015

Esqueletos no armário

por Andrés Lawner, especial para a ANotA

 
Às vésperas de completar 51 anos, o golpe militar de 1964 ainda provoca intensa controvérsia. Uma série de lugares-comuns é dita sobre ele, como “na ditadura não havia corrupção”, “sob os militares o crime estava contido” e “precisamos de uma intervenção militar”. Esta última um repeteco do que era dito nos anos anteriores à queda de João Goulart, onde quem pediu isso acreditava que o regime ditatorial seria curto e restauraria as liberdades. 21 anos se passaram enquanto isso...

  Muito já foi dito e estudado sobre o assunto. Que Goulart, o PTB e o PCB cavaram a própria cova. Que os EUA estavam por trás de tudo. Que não estavam. Até mesmo, que o empresariado que apoiou o golpe era tão importante no regime que este mereceria ser chamado de “ditadura civil-militar”. O que pouco foi dito é o que temos como legado dele até hoje, e que alguns setores da sociedade insistem em trazer à tona dessa “herança maldita”. Os “esqueletos” que ainda insistem em se manter no armário.

quinta-feira, 26 de março de 2015

CEV-Rio vai ouvir autores de supostos laudos cadavéricos falsos

Por AsCom CEV-Rio


Arte: Comissão da Verdade do Rio / Divulgação
A Comissão da Verdade do Rio realiza, nesta sexta-feira (27/03), às 10h, audiência pública dos médicos legistas Graccho Guimarães Silveira e Roberto Blanco dos Santos. Eles são apontados no relatório da Comissão Nacional da Verdade como autores de laudos necroscópicos que confirmavam falsas versões sobre as mortes de militantes políticos. Dos 15 casos em que há suspeita de fraudes, a CEV-Rio recolheu informações técnicas sobre quatro deles: Lourenço Camelo de Mesquita, José Jobim, Merival Araújo e Lincoln Bicalho Roque.


SERVIÇO:

Audiência pública dos médicos legistas
Sexta-feira, dia 27 de março de 2015, às 10h
Local: Av. Marechal Câmara, 210, 6º andar, Centro

quarta-feira, 25 de março de 2015

Professores do estado do Pará estão em greve.



Professores do Estado do Pará iniciam greve com assembleia e ato em Belém.

Greve que foi decidida pela categoria semana passada, conta com o apoio de pais e estudantes.

Mesmo debaixo de uma forte chuva característica de nosso inverno amazônico, os professores da rede estadual do Pará deram início oficialmente, à greve decidida pela categoria na semana passada. Uma assembleia marcada para as 9 horas da manhã, em São Brás, pelo Sindicato dos Professores do Estado do Pará (SINTEPP), reuniu mais de 2.500 trabalhadores da educação e contou com o apoio de estudantes da rede pública e pais de alunos. O movimento de paralisação por tempo indeterminado da categoria tem como principal reivindicação a exigência de que o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB) pague o piso salarial dos professores que está atrasado desde janeiro, além da manutenção das aulas suplementares sem redução de salários, eleição direta para diretor e implementação do Plano de Carreira Unificada. Cerca de 80% da categoria, aderiu ao movimento grevista.

sexta-feira, 13 de março de 2015

ENeDC 2015: "Midias públicas, independentes e comunitárias no Nordeste"

por Rodrigo Noel, direto de Recife

Na mesa, Iano Flávio Maia (mediador), Rita Freire,
Paulo Rogério e Pedro Rocha (Foto: RN)
Prosseguindo com a cobertura do Encontro Nordestino pelo Direito à Comunicação - ENeDC 2015, a segunda mesa de debate do dia foi sobre "Midias públicas, independentes e comunitárias no Nordeste".


Rita Freire, integrante do Conselho Curador da EBC, falou da importância o fortalecimento da mídia pública e o significado do retrocesso político pela medida adotada por iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em estabelecer indicações políticas para a direção da Agência Câmara.


Pedro Rocha, do Coletivo Nigéria, falou da experiência de atuação, de que maneira se sustentam e a parceria com a Agência Pública através da concessão de microbolsas para cobrir a pauta da distribuição de recursos hídricos no Eixão das Águas. Rocha falou ainda do longa metragem "Com Vandalismo", feito no calor das manifestações das jornadas de junho de 2013.

ENeDC 2015: Os desafios para o direito à comunicação

por Rodrigo Noel, direto de Recife

Falta canal pro povo poder se comunicar

Na mesa, H.D. Mabuse, Carol Westrup e Pedro Rocha Foto: RN
O 1º Encontro Nordestino pelo Direito à Comunicação está ocorrendo em Recife, na Universidade Católica de Pernambuco, e faz parte dos esforços de preparação e mobilização rumo ao Encontro Nacional de Comunicação que será realizado no més de abril, em Belo Horizonte. Durante 3 dias, diversos comunicadores, jornalistas, coletivos de mídia alternativa e contra hegemônica debatem os rumos da luta pela democratização da comunicação.
A primeira mesa de debate de hoje foi iniciada por Othon Jambeiro, professor da UFBA. Othon fez uma breve contextualização política mundial no século XX e a restauração capitalista nos países do leste europeu. No campo da comunicação fez uma demarcação das disputas ideológicas, do empresariado encarando o público como mero consumidores. O professor estabelece como fundamental a clara identificação do interesse público para os debates que se fazem necessários pela democratização da comunicação. Ao final do primeiro bloco, o professor fez um chamado a sermos "vozes ruidosas" na defesa da causa da democratização da comunicação.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Funcionários dos Correios de São Gonçalo paralisam atividades por melhores condições de trabalho

Por Rodrigo Barrenechea, de São Gonçalo
Foto: Marcelo Feitosa (O Fluminense)

Os trabalhadores do Correios do CEE (Centro de Encomendas Expressas) do Alcântara, localizado no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, realizaram uma paralisação na manhã do último dia 2, segunda-feira. A falta de segurança para o trabalho dos carteiros foi a principal reivindicação, acompanhada da lotação de mais funcionários para a unidade.

Na verdade, um problema está relacionado com o outro: como a unidade deveria fazer entregas em áreas consideradas de risco, os funcionários que lá trabalhavam acabaram saindo. Há um alto índice de assaltos na região, em média um por dia; o Correio, assim, suspendeu a entrega domiciliar em diversos bairros. Os trabalhadores, dessa forma, pedem que haja escolta para as entregas, assim como recomposição do quadro de funcionários da unidade. Tanto os empregados são prejudicados, pois ficam sobrecarregados, quanto os usuários, que são obrigados a fazer fila por várias horas para pegar suas encomendas.

As origens do 8 de março que você desconhece

Por Mariana Rio, socióloga e ativista do Movimento Mulheres em Luta (MML/RJ)

Todo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as loja pelo mundo são  inundadas com anúncios de promoções e declarações apaixonas de amor às mulheres. A ONU e vários presidentes divulgam mensagens em defesa das mulheres e pelo direito á igualdade de gênero. Historiadores são convidados a fazerem um resgate histórico na televisão lembrando as mulheres queimadas na fábrica têxtil Cotton, de Nova Yorque (EUA), em 1857.

Mas o que os historiadores contratados pelas TVs e as lojas não contam é que o 8 de março vai além do caráter que vem tomando essa data hoje. E que, na verdade, foi no dia 25 de março de 1911, que as operárias foram queimadas. Uma história bem diferente do que conhecemos. O 8 de março é uma data historicamente de luta e exemplo da força das mulher trabalhadora.