Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP.
A violência contra a mulher representa uma situação alarmante: a cada hora, oito mulheres são agredidas no estado de São Paulo. Somente no mês de setembro deste ano, a Secretaria de Segurança Pública paulista registrou 5.844 casos de agressão, 16 tentativas de homicídio, 48 estupros e seis homicídios dolosos (com intenção de matar) contra mulheres. Além desses casos, houve 5.769 boletins de ocorrência de ameaças.
Para a assistente executiva da Campanha Ponto Final da Violência contra as Mulheres e Meninas, Renata Teixeira Jardim, os dados mostram apenas uma parcela dos casos.
“As mulheres de classe popular ou de menor renda são as que acessam mais [os mecanismos de denúncia], ou seja, que estão mais nesse local das delegacias. Mas nós sabemos que isso é uma parte do problema, quem registra a ocorrência. Nós sabemos que têm muitas mulheres que estão vivenciando essa questão nos seus lares, dentro de casa, ou fora. Ela ocorre mais frequentemente com parceiros íntimos, dentro de casa. Mas também tem que avaliar o que está chegando às delegacias, pois isso não é o dado concreto da realidade, é uma parcela desse dado”.
Através da Lei Maria da Penha, criada em 2006, mais de 11 mil agressores foram parar na cadeia. A lei cria uma rede de atendimento especializado para as mulheres vítimas de violência, com Delegacias, Juizados e Defensorias Públicas. Além de Centros de Referência que dão um atendimento multiprofissional e auxiliam na construção de um novo projeto de vida.
O governo federal também disponibiliza a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), que recebe denúncias, relatos de violência e fornece orientação sobre os direitos das mulheres.
De São Paulo,
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