Por Agência Pulsar
Cerca de 900 moradores da comunidade Dandara marcharam 25 quilômetros até o Centro de Belo Horizonte para acompanhar o julgamento de uma ação civil pública. A audiência, que pedia pela manutenção da ocupação, teve resultados positivos.
Apesar de não suspender a ordem de despejo anunciada pela 20ª Vara Civil da cidade, a Justiça recomendou ao poder municipal, com a participação do governo estadual, que realize a desapropriação da área em benefício das cerca de mil famílias que moram no local desde 2009.Cerca de 900 moradores da comunidade Dandara marcharam 25 quilômetros até o Centro de Belo Horizonte para acompanhar o julgamento de uma ação civil pública. A audiência, que pedia pela manutenção da ocupação, teve resultados positivos.
A comunidade Dandara está localizada na zona norte da capital mineira. Esta recomendação durante o julgamento, realizado na última quinta-feira (20), deu novas esperanças para a comunidade.
Segundo Frei Gilvander Moreira, que apoia a resistência da ocupação Dandara, a decisão da Justiça foi importante, significando uma pressão política. Já em relação à situação da comunidade junto à Construtora Modelo, que alega ter comprado a área há 13 anos, houve retrocessos.
De acordo com Moreira, a empresa afirmou que pretende construir apartamentos para famílias com renda superior a seis salários mínimos, o que inviabiliza a compra pelos moradores da comunidade Dandara. Para ele, este posicionamento da empresa é arrogante e ressalta os interesses mercadológicos em torno da área.
O Frei conta que a comunidade Dandara está decidida a continuar lutando e que “não aceitará ser despejada para viver de forma humilhante”. A intenção é declarar a área como de interesse social para fins de moradia popular em Belo Horizonte.
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