Por Agência Pulsar
Mais uma liderança extrativista foi assassinada no Pará no último final de semana. João Chupel Primo levou um tiro após denunciar ao Ministério Público Federal (MPF) que estava sendo perseguido por exploradores ilegais de madeira.
Mais uma liderança extrativista foi assassinada no Pará no último final de semana. João Chupel Primo levou um tiro após denunciar ao Ministério Público Federal (MPF) que estava sendo perseguido por exploradores ilegais de madeira.
João, que era liderança do Projeto de Assentamento Areia, morreu no sábado (22). Ele denunciava a grilagem de terras e extração ilegal de madeira, feitas por um consórcio criminoso.
Após sua morte, o MPF no Pará pediu à Polícia Federal que garanta a proteção de outras testemunhas que denunciaram a rota de retirada ilegal de madeira da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio e da Floresta Nacional Trairão.
Essa região tem um histórico de conflitos envolvendo grileiros, madeireiros e ribeirinhos desde a década de 1990. De acordo com as denúncias de João, madeireiros estavam usando o assentamento como porta de entrada para as matas relativamente preservadas que fazem parte do Mosaico de Conservação da Terra do Meio.
Gilson Rêgo, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Santarém, conta que uma operação da Polícia Federal junto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do MPF no final de setembro deste ano buscava investigar a situação. No entanto, a ação foi interrompida após conflitos com pistoleiros.
Gilson diz que os até mesmo os procuradores federais de Altamira, no Pará, já estavam pedindo “proteção policial por conta da violência na região”.
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