Por M Laureano*, do Rio de Janeiro
Na última segunda-feira dia 24 de junho, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com seu Batalhão de Operações Especiais (o famoso Bope), tomou a Favela Nova Holanda, no complexo da Maré, em retaliação à morte de um policial militar em confronto naquele mesmo dia) houve uma manifestação na Av. Brasil, no meio disso, grupo aproveita e faz "arrastão". A Polícia interveio e povo todo fugiu para dentro da Nova Holanda, no Complexo da Maré.
O Bope foi atrás deles e invadiu a favela a tiros, muitos tiros, além de bombas de efeito moral que caem dentro das casas.
Cerca de 400 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChq), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do 22º BPM (Maré), além de equipes da Divisão de Homicídios (DH) e da Força Nacional, estão na Favela Nova Holanda desde terça-feira.
Resultado:
- milhares de pessoas presas nos seus domicílios e lugares de trabalho;
- milhares sem luz nem telefone;
- milhares de crianças e adolescentes sem Escola nem Projetos sociais, fechados pela ocupação policial militar;
- um (01) adulto preso por flagrante de roubo de um celular durante o protesto e algumas crianças e adolescentes (sem passagem pelo SSE);
- oito (08) mortos a bala e dezenas de feridos, dos quais sete civis assassinados e um sargento do Bope (o único com nome na mídia);
Como sempre, pouco se sabe das circunstâncias, fora a síntese mais do que parcial da mídia oficial Com a luz e os telefones cortados, moradores da Maré estão desde ontem sofrendo ataques da polícia, que já matou 11 pessoas. A ação deixou nove mortos e está sendo acusada de falta de planejamento, de ser motivada por vingança e de utilizar força desmedida. Há testemunhos de humilhação e intimidação de moradores e também de execuções sumárias. Ainda hoje, a favela permaneceu tomada pela PM, em um verdadeiro exercício de estado de sítio sob suas/seus moradoras/es, ameaçando seu direito à justiça, à liberdade e à dignidade.
Após várias denúncias nas redes sociais, houve a organização de um ato, em defesa dos moradores e contra a violência. Segundo informações colhida na página de uma rede social da ONG REDE MARÉ, o ato, que começou com 200 participantes, terminou com mais de 500.
Após o aviso de que a polícia civil não estava fazendo perícia nas casas e sim colocando moradores na parede e fazendo revista, a passeata entrou pelas ruas da comunidade da Nova Holanda até o Parque União. Na Nova Holanda, os manifestantes viram o caveirão estacionado na rua Principal e começaram a gritar "sem violência". Na volta, os moradores viram novamente o caveirão e o expulsaram com gritos "sai caveirão
O direito à moradia e o direito à vida têm sido violentados diariamente na cidade do Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil. O Estado brasileiro é responsável por garantir direitos. Cada vez que o poder público autoriza uma invasão policial desse tipo põe em risco a vida de milhares de pessoas moradoras das favelas. Desta forma, o Estado autoriza assim a negação de direitos e por isso deve também ser responsabilizado.
O que vimos acontecer no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, neste começo de semana é a repetição e continuação de uma série de violações de direitos a que as populações pobres da cidade passam todos os dias."
O Bope foi atrás deles e invadiu a favela a tiros, muitos tiros, além de bombas de efeito moral que caem dentro das casas.
Cerca de 400 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChq), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do 22º BPM (Maré), além de equipes da Divisão de Homicídios (DH) e da Força Nacional, estão na Favela Nova Holanda desde terça-feira.
Resultado:
- milhares de pessoas presas nos seus domicílios e lugares de trabalho;
- milhares sem luz nem telefone;
- milhares de crianças e adolescentes sem Escola nem Projetos sociais, fechados pela ocupação policial militar;
- um (01) adulto preso por flagrante de roubo de um celular durante o protesto e algumas crianças e adolescentes (sem passagem pelo SSE);
- oito (08) mortos a bala e dezenas de feridos, dos quais sete civis assassinados e um sargento do Bope (o único com nome na mídia);
Como sempre, pouco se sabe das circunstâncias, fora a síntese mais do que parcial da mídia oficial Com a luz e os telefones cortados, moradores da Maré estão desde ontem sofrendo ataques da polícia, que já matou 11 pessoas. A ação deixou nove mortos e está sendo acusada de falta de planejamento, de ser motivada por vingança e de utilizar força desmedida. Há testemunhos de humilhação e intimidação de moradores e também de execuções sumárias. Ainda hoje, a favela permaneceu tomada pela PM, em um verdadeiro exercício de estado de sítio sob suas/seus moradoras/es, ameaçando seu direito à justiça, à liberdade e à dignidade.
Após várias denúncias nas redes sociais, houve a organização de um ato, em defesa dos moradores e contra a violência. Segundo informações colhida na página de uma rede social da ONG REDE MARÉ, o ato, que começou com 200 participantes, terminou com mais de 500.
Após o aviso de que a polícia civil não estava fazendo perícia nas casas e sim colocando moradores na parede e fazendo revista, a passeata entrou pelas ruas da comunidade da Nova Holanda até o Parque União. Na Nova Holanda, os manifestantes viram o caveirão estacionado na rua Principal e começaram a gritar "sem violência". Na volta, os moradores viram novamente o caveirão e o expulsaram com gritos "sai caveirão
O direito à moradia e o direito à vida têm sido violentados diariamente na cidade do Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil. O Estado brasileiro é responsável por garantir direitos. Cada vez que o poder público autoriza uma invasão policial desse tipo põe em risco a vida de milhares de pessoas moradoras das favelas. Desta forma, o Estado autoriza assim a negação de direitos e por isso deve também ser responsabilizado.
O que vimos acontecer no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, neste começo de semana é a repetição e continuação de uma série de violações de direitos a que as populações pobres da cidade passam todos os dias."
*Editado por Rodrigo Barrenechea
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