Maior taxa de juros do mundo volta aos 2 dígitos. Péssima notícia para o Brasil
por Almir Cezar, de Brasília
Ato em frente a sede do Banco Central reuniu algumas centrais sindicais (Foto: Flauzino Antunes Neto) |
Sindicalistas e ativistas de algumas centrais sindicais realizaram na manhã de terça-feira (26/11) um ato em frente a sede do Banco Central (BC) em protesto ao provável aumento da taxa básica de juros (Selic) para 10,0%. A taxa final foi anunciada ontem (27/11), levando a maior taxa de juros básica do mundo de volta aos 2 dígitos - segundo os manifestantes e alguns economistas, uma péssima notícia para o Brasil.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou neste fim de tarde de quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) de 9,5% para 10% ao ano. Foi o sexto aumento seguido de abril para cá, quando a taxa estava em 7,25%, no nível mais baixo desde que o Copom foi criado, em junho de 1996.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou neste fim de tarde de quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) de 9,5% para 10% ao ano. Foi o sexto aumento seguido de abril para cá, quando a taxa estava em 7,25%, no nível mais baixo desde que o Copom foi criado, em junho de 1996.
Manifestação
Na véspera (terça-feira), cerca de 500 manifestantes, de acordo com cálculos da Polícia Militar do DF, fizeram um ato público conta a alta dos juros em frente ao Banco Central. Neste dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC iniciava sua reunião em que definiria a taxa básica de juros, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia).
A expectativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Boletim Focus) é que haveria nova alta da Selic de 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano, na suposta tentativa de forçar que o índice de inflação oficial feche o ano próximo do teto da meta, em 6% ao ano.
Na manifestação, organizada pela Força Sindical, CUT, CTB, CGTB e NCST, portando faixas como "Mais emprego, menos juros", os participantes pediram a redução da Selic, a queda de tarifas e de juros bancários e a regulamentação do sistema financeiro por lei.