A polícia militar prendeu na noite de ontem (17) uma militante da Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte. Ela estava participando e uma reunião que acontecia debaixo do viaduto Santa Teresa, no centro da capital mineira. O local é ponto de reuniões da Assembleia, que surgiu depois das manifestações de junho na cidade.
Mariah Melo foi solta na mesma noite e fez denúncia na corregedoria da polícia hoje. “A PM fez uma abordagem tosca, totalmente desnecessária. Estávamos sentados pacificamente na reunião de GT de Direitos Humanos e Combate às Opressões (que ironia!) e já chegaram com arma na mão, mandando todo mundo botar a mão na cabeça”, escreveu a miltante em seu perfil no Facebook.
Segundo relato dos manifestantes, tudo começou quando o Grupo de Trabalho se reunia para discutir uma pauta a ser levada ao governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia. Uma viatura da Polícia apareceu e começou a abordar moradores de rua que vivem perto do local. Os ativistas da Assembleia procuraram saber o que acontecia e os policiais se retiraram.
Minutos depois, a viatura retornou e abordou os manifestantes. Os policiais começaram a fazer revistas alegando que ali era lugar de tráfico. As mulheres foram revistadas por homens e os militantes foram alvo de xingamentos. Mariah foi presa porque supostamente estava com um baseado de maconha.
Um dos membros assembleia, que usava saia, foi o mais hostilizado. “No Brasil homem usa calça”, teria dito um dos policias. Em nenhum dos 361 artigos do Código Penal Brasileiro é tipificado o crime de homem usar saia.
O fato não é isolado. Militantes da Assembleia Popular Horizontal de BH também denunciam que um militante foi detido arbitrariamente em seu carro após o ato que ocupou a Câmara Muncipial ontem.
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