Por Ademar Lourenço, de Brasília
A paralisação geral marcada pela maioria das centrais sindicais para o dia 30 de
agosto pode ser muito maior que a primeira paralisação feita no último dia 11.
Além das pautas gerais da classe trabalhadora, o dia vai ser marcado por
mobilizações específicas de várias categorias.
A
direção da Fasubra (Federação dos Trabalhadores das Universidade Brasileiras), que reúne servidores das universidades federais, decidiu
ontem (23) que vai orientar a sua base a parar no dia marcado pelas centrais.
Além disso, a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada no último dia
21, aprovou greve de 24 horas para 30 de
agosto.
A
Fenasps (Federação Nacional dos Servidores em Saúde, Previdência e Seguro Social), que representa servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho e
Previdência, está com indicativo de greve para 15 dias antes da manifestação.
Já o último Conselho Nacional de Representantes dos Trabalhadores dos Correios
aprovou um ato nacional em Brasília no mesmo dia da mobilização convocada pelas
centrais sindicais.
Os
trabalhadores dos correios e bancários começaram sua campanha salarial. São 500
mil pessoas que podem parar o país se cruzarem os braços. Em 2011, uma greve das duas categorias afetou
todos os pagamentos de contas (bancos fechados, entrega de cartas suspensa). Com
o dia de paralisação marcado pelas centrais em 30 de agosto, a mobilização pode
ir além das reivindicações salariais.
No
último dia 11, quando ocorreu o primeiro dia de paralisações nenhuma categoria
com tradição sindical estava em campanha salarial. Mesmo assim, trabalhadores
em vários lugares do país participaram e cidades como Belo Horizonte e Porto
Alegre praticamente pararam.
O
clima gerado pelas paralisações que já estão marcadas pode “contaminar” vários
setores da classe trabalhadora. Um caso é o dos petroleiros. No dia 11, várias
unidades da Petrobrás foram paradas. Agora, a categoria também está em campanha
salarial.
São
nessas campanhas que acontecem a maior parte das greves. Elas são organizadas
todo ano para que cada categoria peça aumento. Dessa vez, a pauta de
reivindicações pode incluir questões voltadas para toda a classe trabalhadora,
como a redução da jornada de 44h para 40h e o fim do fator previdenciário.
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