Projeção em um prédio junto à Praça Tahrir anuncia a queda do governo de Mursi. (Foto: AFP) |
De Brasília - Presidente é deposto no Egito; militares suspendem Constituição.
O general Abdel Fattah al-Sisi foi à TV dizer que as Forças Armadas responderam aos anseios do povo: Constituição está suspensa e eleições devem ser anunciadas para breve.
Mohamed Mursi ficou um ano no poder. Em 2012 aos 60 anos, se indicara como o "único candidato com programa islamita", defensor de um "projeto de renascimento" baseado nos princípios do Islã. Mursi é do partido Partido da Justiça e a Liberdade (PLJ), vitrine política da Irmandade Muçulmana e o mais poderoso do país, com quase metade dos assentos do novo Parlamento de então.
Eleito presidente do Egito após a queda do ditador Hosni Mubarak, que governou a país por mais de 30 anos, e saiu em decorrência de uma revolução popular, no contexto da Primavera Árabe, que varreu a região.
Na recente democracia egípcia voltou às ruas em protestos à medida que seu líder tomava decisões polêmicas fortalecendo o próprio poder. Setores cristãos, liberais, laicos e mesmo alguns grupos árabes sentiram-se oprimidos pela conduta do governo, considerada excessivamente islâmica e escassamente democrática.
O exército do Egito age, 48 horas após ultimato ao presidente para que este restabelecesse a "ordem", justamente porque o povo voltou a se concentrar na Praça Tahrir, que virou símbolo da revolução que derrubada de Mubarak, e agora exigia a saída de Mursi.
Deposto, Mursi denuncia golpe de Estado do Exército do Egito.
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