Uma grande faixa foi estendida em um dos prédios da
Praça Afonso Pena, local de encerramento do 1º ato.
(Foto: Rodrigo Noel)
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Duas grandiosas manifestações marcaram o dia de ontem (30), que ficará guardado na memória dos cariocas.
O primeiro ato iniciou a concentração às 10h, na Praça Saens Peña (Zona Norte do Rio). Convocado pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíada (fórum que reúne partidos de esquerda, sindicatos, entidades estudantis, associações de moradores, centrais sindicais entre outros organismos do movimento social), o ato seguiu sem maiores problemas, mesmo com a forte presença do aparato policial em todo o entorno do Maracanã. A forte presença da polícia militar era o único elemento desestabilizador na região.
Durante todo o trajeto, diversos moradores seguiam até a porta dos prédios, das casas ou na frente das janelas para acenar, demonstrando apoio as reivindicações dos manifestantes presentes. O volume de recursos destinados para as obras da copa/olimpíadas era um questionado por todos, assim como o unânime repúdio e exigência de anulação da privatização do Maracanã, feito pelo governo Sérgio Cabral para beneficiar o empresário Eike Batista. As remoções forçadas de moradores de comunidades tradicionais e bairros da periferia da cidade também foram duramente repudiadas pelos manifestantes, assim como a defesa da reabertura do Parque Aquático Julio Delamare e a manutenção da Escola Municipal Friedenreich (ameaçada de demolição pelo prefeito Eduardo Paes).
O ato seguiu da Praça Saens Peña até a Praça Afonso Pena, passando pelo Largo da Segunda-Feira, sem maiores incidentes. As bandeiras dos partidos, sindicatos e entidades estudantis foram livremente hasteadas, demonstrando o caráter democrático e amplo do ato que contou com mais de 5.000 participantes.
Tranquilidade de manhã. Já de tarde...
O ato convocado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem para o final da tarde também questionou duramente os esforços dos governos em canalizar grande volume de recursos para as obras visando garantir a infra-estrutura para a copa e olimpíadas. Os milhares de manifestantes percorreram um trajeto diferente do ato da manhã e, também por isso, foram duramente reprimidos pela polícia militar.
Diversos participantes relataram a ação de provocadores infiltrados, com o intuito de deslegitimar as ações do movimento. A polícia militar do RJ, que durante os anos Cabral tem ampliado seu caráter repressor sem nenhum tipo de punição, repetiu cenas trágicas, encurralando manifestantes em ruas estreitas e atirando bombas de gás lacrimogênio a esmo. Um professor foi gravemente ferido no olho, advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ foram atacados pela PMERJ, entre outras diversas violações a direitos fundamentais.
Apesar da Copa das Confederações ter acabado, os ativistas prometem ampliar a organização do movimento e aumentar as cobranças junto aos governos, realizando novas manifestações públicas.
*Atualizado às 19h45, 3/07
O primeiro ato iniciou a concentração às 10h, na Praça Saens Peña (Zona Norte do Rio). Convocado pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíada (fórum que reúne partidos de esquerda, sindicatos, entidades estudantis, associações de moradores, centrais sindicais entre outros organismos do movimento social), o ato seguiu sem maiores problemas, mesmo com a forte presença do aparato policial em todo o entorno do Maracanã. A forte presença da polícia militar era o único elemento desestabilizador na região.
Durante todo o trajeto, diversos moradores seguiam até a porta dos prédios, das casas ou na frente das janelas para acenar, demonstrando apoio as reivindicações dos manifestantes presentes. O volume de recursos destinados para as obras da copa/olimpíadas era um questionado por todos, assim como o unânime repúdio e exigência de anulação da privatização do Maracanã, feito pelo governo Sérgio Cabral para beneficiar o empresário Eike Batista. As remoções forçadas de moradores de comunidades tradicionais e bairros da periferia da cidade também foram duramente repudiadas pelos manifestantes, assim como a defesa da reabertura do Parque Aquático Julio Delamare e a manutenção da Escola Municipal Friedenreich (ameaçada de demolição pelo prefeito Eduardo Paes).
O ato seguiu da Praça Saens Peña até a Praça Afonso Pena, passando pelo Largo da Segunda-Feira, sem maiores incidentes. As bandeiras dos partidos, sindicatos e entidades estudantis foram livremente hasteadas, demonstrando o caráter democrático e amplo do ato que contou com mais de 5.000 participantes.
Tranquilidade de manhã. Já de tarde...
O ato convocado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem para o final da tarde também questionou duramente os esforços dos governos em canalizar grande volume de recursos para as obras visando garantir a infra-estrutura para a copa e olimpíadas. Os milhares de manifestantes percorreram um trajeto diferente do ato da manhã e, também por isso, foram duramente reprimidos pela polícia militar.
Diversos participantes relataram a ação de provocadores infiltrados, com o intuito de deslegitimar as ações do movimento. A polícia militar do RJ, que durante os anos Cabral tem ampliado seu caráter repressor sem nenhum tipo de punição, repetiu cenas trágicas, encurralando manifestantes em ruas estreitas e atirando bombas de gás lacrimogênio a esmo. Um professor foi gravemente ferido no olho, advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ foram atacados pela PMERJ, entre outras diversas violações a direitos fundamentais.
Apesar da Copa das Confederações ter acabado, os ativistas prometem ampliar a organização do movimento e aumentar as cobranças junto aos governos, realizando novas manifestações públicas.
*Atualizado às 19h45, 3/07
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