Por Leonardo Possidonio
No próximo dia 30 começará em Mar del Plata, Argentina, o torneio Pré-Olímpico de basquete masculino. A seleção brasileira, sob comando do competente Rúben Magnano, chegará ao torneio mergulhada em mais uma crise: a ausência de três dos seus principais jogadores. Esta é mais uma das várias crises por qual tem passado o basquete brasileiro nos últimos anos, que passam desde as estruturas dos clubes, perpassando pela estrutura dos campeonatos profissionais e desembocando na seleção brasileira.
Contudo, uma crise instaurada em concomitância, e ou em virtude, de um dos grandes sonhos do basquete brasileiro já realizado: a presença expansiva de brasileiros na NBA, tendo Anderson Varejão no Cleveland Cavaliers, Leandrinho no Toronto Raptors, Nenê no Denver Nuggets e Tiago Splitter no San Antonio Spurs. Durante décadas este foi o posto cobiçado por vários jogadores brasileiros, anteriormente a esta geração somente Rolando Ferreira no final da década de 80 conseguiu tal êxito.
Varejão e Leandrinho foram figuras corriqueiras no plantel brasileiro durante as competições que o Brasil disputou nos últimos anos, já Nenê desde a transferência para os EUA se afastou do selecionado. As condições atuais do basquete brasileiro, acirrado por uma greve na NBA, são elementos determinantes para a ausência dos três. Estamos, sem dúvida, diante de um amargo sonho realizado. Temos bons jogadores que poderiam formar uma ótima seleção, que serviria como referência para a formação de novos jogadores.
É difícil acreditar no sucesso do Brasil neste Pré-Olímpico e, assim, o fim do jejum de Olimpíadas. Mais ainda é sonhar com a possibilidade de fortalecimento da prática do basquete no Brasil, onde há pouco investimento, incentivos e formação.
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