domingo, 7 de agosto de 2011

Acabou o futebol feminino brasileiro?

Por Leonardo Possidônio

  Passado quase um mês da Copa do Mundo de futebol feminino, realizada na Alemanha e tendo como seleção campeã o Japão, o futebol feminino desapareceu por completo do cenário esportivo brasileiro, ou pelo menos é o que acredita a imprensa hegemônica no Brasil.

  Nenhuma novidade, nenhuma entrevista, nada. É preferível discutir, comentar, criticar os penteados de Neymar, Robinho, Fábio Ferreira, etc do que falar sobre o futebol feminino. Marta, Cristiane e todas as outras jogadoras de futebol feminino parecem estar em férias prolongadas.  A verdade é que ano sim, ano não o futebol feminino vem à tona, isto se resume a copa do mundo e olimpíadas. Nestas situações as brasileiras são sempre cobradas, pouco é investido.

  Infelizmente, a exemplo do que acontece no futebol masculino, a melhor jogadora brasileira, Marta, joga fora do Brasil por conta da deficiência de organização dos clubes brasileiros. Maurine, lateral da seleção, é sua companheira de clube no Western New York Flash (EUA). Há tentativas isoladas de se reorganizar o futebol feminino no Brasil. Seu principal campeonato já teve diferentes nomes e formatos: nos anos 80 era a Taça Brasil de Futebol Feminino; nos anos 90 era o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino; atualmente é a Copa do Brasil de Futebol Feminino.

  Reunindo 32 clubes dos 26 estados brasileiros e o distrito federal a Copa do Brasil de Futebol Feminino começará no próximo dia 18 de agosto. Será disputada em cinco fases, no sistema de “mata-mata”. Entre os clubes presentes: Duque de Caxias/RJ – atual campeão e o Santos/SP – que reúne no elenco várias jogadoras da seleção brasileira, como Cristiane, Aline, Andreia, Erika e Ester. Por enquanto não há ainda a confirmação de compra dos direitos de transmissão da Copa do Brasil de Futebol Feminino por parte de algum canal.

  As mulheres merecem e tem direito a mais. Ainda é muito pouco para um esporte tão popular e tão praticado no país. Pena que nem CBF, nem os meios de comunicação hegemônicos pensem assim.

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