quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Justiça ordena prisão de 15 repressores da ditadura na Argentina

O juiz federal argentino, Daniel Rafecas, ordenou a prisão de 15 repressores acusados de crimes de lesa-humanidade cometidos em centros clandestinos de detenção durante da ditadura militar argentina.
 
   A medida foi tomada na última segunda-feira (7) durante o julgamento de uma grande causa que abordou violações aos direitos humanos cometidas contra 120 pessoas durante a ditadura civil militar no país. Deste total de pessoas, 30 ainda permanecem desaparecidas ou foram assassinadas no centro clandestino de detenção conhecido como “Puente 12” ou “Protobanco”.

   Entre os repressores detidos se encontram antigos comissários e sub-oficiais da Polícia de Buenos Aires. O juiz responsabilizou aos ex-policias por levar a cabo uma operação ilegal em que foi assassinada uma mulher e outras seis pessoas “brutalmente sequestradas”.

   Rafecas também ordenou a detenção e o interrogatório de outros repressores condenados anteriormente sob a mesma causa. Vale dizer que o centro clandestino de detenção “Puente 12” funcionou de 1974 até fevereiro de 1977, onde submeteram as vítimas a condições desumanas.

   No último 26 de outubro, a Justiça argentina condenou 12 repressores a cadeia perpetua.  Eles cometeram crimes de lesa-humanidade em outro centro de detenção conhecido como Escola de Mecânica da Armada (ESMA), também usado pelos militares durante a ditadura.

   Segundo organizações de direitos humanos da Argentina, 5 mil recém-nascidos foram apropriados ilegalmente e 30 mil pessoas foram presas ou desapareceram durante a ditadura no país, que durou de 1976 a 1983.

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