Por Julio Delmanto, em Outras Palavras
Com a escolha de um dos líderes do massacre do Carandiru para comandar a ROTA, as palavras de Mano Browm ficam ainda mais atuais: “Adolf Hitler sorri no inferno”
Há alguns dias postei aqui um texto sobre os juízes que nos julgam. Segundo a Lei de Murphy, o que pode dar errado dará, e o que está ruim pode piorar. Ok, Murphy, você venceu. Nas edições da Folha e do Estadão de hoje (textos completos aqui) sai a estarrecedora notícia de que o novo comandante da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), setor mais assassino e racista de uma das polícias mais assassinas e racistas do mundo, agora será comandado pelo tenente-coronel Salvador Modesto Madia.
A notícia chocou até o direitoso Estadão, que explica: “Madia não é qualquer réu no processo. Depois do coronel Ubiratan Guimarães — absolvido da acusação de ser responsável por 102 das 111 mortes –, Madia e outros 28 policiais são acusados de matar 76 presos no Pavilhão 9 do presídio, que ficava no Carandiru, zona norte de São Paulo”.
Muitos comentários poderiam ser feitos sobre esta escolha, que diriam muito sobre a Justiça brasileira, o governo paulista e nossa “democracia”, mas creio que os fatos falam por si só. Não é porque não é surpreendente que deixa de ser revoltante. Em homenagem à escolha, lembro aqui de duas músicas, Diário de um Detento e Haiti, salientando as ainda atuais palavras de Mano Browm: “Adolf Hitler sorri no inferno!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário