quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CSA deve ser proibida de jogar ferro gusa em poços ao ar livre

Por Agência Pulsar
É o que requere o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) à 2ª Vara Criminal do bairro Santa Cruz, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) foi responsabilizada por poluir o ar.

   O pedido faz parte da segunda ação penal contra a transnacional, de junho de 2011, por crime ambiental. Na ação, a CSA é acusada de seis crimes, como o de causar poluição de qualquer natureza que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.

   A análise técnica realizada pelo MPRJ reuniu dados produzidos pela própria siderúrgica e pelas estações de monitoramento da qualidade do ar na região. Além disso, cerca de 240 famílias foram entrevistadas pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. A população do entorno da CSA tem sofrido com problemas de pele, respiratórios e nos olhos relacionados à “chuva de prata” emitida pela empresa.

   O Ministério Público informa que teve acesso ao relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) intitulado "Avaliação dos Impactos Socioambientais e de Saúde em Santa Cruz decorrentes da Instalação e Operação da Empresa TKCSA".

   De acordo com a Fiocruz, o pó brilhante que atingiu a região contém substâncias tóxicas como o manganês, resultante do despejo de ferro gusa. O estudo realizado pela Fundação apontou também um aumento de 1000% na concentração de ferro na qualidade do ar.

   O requerimento destaca que a emissão de substâncias poluentes na região ultrapassa em três ou quatro vezes o estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a concentração de material particulado. A CSA é considerada uma dos maiores siderúrgicas da América Latina, sendo uma parceria entre a alemã Thyssenkrupp (73%) e a mineradora brasileira Vale (27%).

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