Por Agência Pulsar
Vista panorâmica do ato na Cinelândia que deflagrou a greve unificadaFoto: Rodrigo Noel |
Acusados de desobediência, 59 oficiais foram presos no Rio de Janeiro por fazerem greve. Assim como os da Bahia, os policiais militares e bombeiros fluminenses pedem por melhores condições de trabalho.
A praça Cinelândia ficou lotada na noite desta quinta-feira (9). Durante uma assembleia, a categoria deflagrou greve e protestou contra a prisão do cabo Benevenuto Daciolo. Foram ouvidos gritos de “Greve geral: a culpa é do Cabral”, em referência à postura do governo de Sérgio Cabral (PMDB).
Daciolo está sendo acusado de praticar crimes de incitamento e aliciamento a motim. Parte de uma conversa entre ele e Janira Rocha (Psol) foi divulgada por meios de comunicação comerciais. Em nota, o mandato da deputada estadual afirmou que suas “posições políticas têm sido criminalizadas por parte da grande mídia”.
Explica que o envolvimento com as categorias de profissionais da área de segurança é de solidariedade às suas "justas demandas" e "em defesa da PEC 300". Este projeto de lei, que aguarda votação em Brasília, prevê a unificação nacional do piso salarial da categoria em 3 mil e 500 reais.
Jarina afirma que a conversa com Daciolo buscava uma “solução positiva” para o episódio na Bahia, o que seria algo “mais efetivo na organização do movimento fluminense”. Na greve do Rio de Janeiro, a deputada ressalta, a orientação é de que não se tenha armas.
Ela critica a criminalização da greve, que reivindica melhores salários, vale transporte e alimentação, além da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
O movimento grevista dos policiais têm sido reprimido. Além da prisão de lideranças, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram deslocados para Campos, Volta Redonda e Resende, cidades do interior do Rio de Janeiro onde a paralisação toma mais força.
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