Por Rob Waugh
É o que afirma um novo e polêmico estudo. As opiniões políticas conservadoras funcionam quase como uma 'fuga' através do preconceito, dizem os pesquisadores canadenses.
O artigo analisa um grande estudo feito no Reino Unido com mais de 15.000 pessoas que comparou a inteligência na infância ao posicionamento político ao se tornarem adultos. Os autores alegam que pessoas com baixa inteligência gravitam em torno de opiniões de direita porque estas os fazem se sentirem seguros.
O nível de educação das pessoas não é o que determina, de forma crucial, se elas serão racistas ou não - é a inteligência inata, de acordo com os acadêmicos. A sua posição social parece também não ter influência nisso. O estudo, publicado na 'Psychological Science', afirma que a ideologia da direita forma uma 'trilha' para que pessoas com baixa habilidade de raciocínio se tornem preconceituosos com grupos como outras raças e gays.
'As habilidades cognitivas são cruciais na formação de impressões sobre outras pessoas e em nos fazer ter uma mente aberta', dizem os pesquisadores. 'Indivíduos com habilidades cognitivas mais baixas tendem a se aproximarem de ideologias sociais de direita mais conservadoras que mantêm o status quo. Elas fornecem um senso de ordem'.
O estudo, realizado por estudiosos da 'Brock University' em Ontario, no Canadá, utilizou informações de dois estudos britânicos de 1958 e de 1970, onde milhares de crianças entre 10 e 11 anos tiveram sua inteligência medida e, aos 33 anos, responderam questões envolvendo política. O estudo '1958 National Child Development' envolveu 4.267 homens e 4.537 mulheres nascidas nesse ano. O 'British Cohort Study' envolveu 3.412 homens e 3.658 mulheres nascidas em 1970. É a primeira vez que os dados desses estudos foram utilizados dessa maneira.
Ao se tornarem adultas, essas crianças foram questionadas se concordavam com afirmações como 'eu não me importaria de trabalhar com pessoas de outras raças' e 'eu não me importaria se uma família de uma raça diferente se mudasse para a casa ao lado da minha'. Também foram questionadas se concordavam com afirmações típicas das políticas de direita e do conservadorismo social, como 'as penas para quem quebra a lei devem ser mais duras' e 'as escolas deveriam ensinar às crianças a obedecerem a autoridade'. Os pesquisadores também compararam seus resultados com um estudo americano de 1986 que incluiu testes de habilidade cognitiva e perguntas avaliando o preconceito contra homossexuais.
Os autores afirmam também que as visões políticas conservadoras são parte de um complexo relacionamento que leva as pessoas a se tornarem preconceituosas. 'A ideologia conservadora representa um caminho crítico no qual a inteligência na infância preve o preconceito na vida adulta', diz o artigo. 'Em termos de psicologia, a relação entre inteligência e preconceito deve vir da propenção de indivíduos com habilidade cognitiva mais baixa apoiarem ideologias mais conservadoras e de direita pelo fato de que essas ideologias propiciam um senso psicológico de estabilidade e ordem'.
'É óbvio, no entanto, que nem todas as pessoas com visões conservadoras são preconceituosas, e nem todos os indivíduos preconceituosos são conservadores'.
O artigo analisa um grande estudo feito no Reino Unido com mais de 15.000 pessoas que comparou a inteligência na infância ao posicionamento político ao se tornarem adultos. Os autores alegam que pessoas com baixa inteligência gravitam em torno de opiniões de direita porque estas os fazem se sentirem seguros.
O nível de educação das pessoas não é o que determina, de forma crucial, se elas serão racistas ou não - é a inteligência inata, de acordo com os acadêmicos. A sua posição social parece também não ter influência nisso. O estudo, publicado na 'Psychological Science', afirma que a ideologia da direita forma uma 'trilha' para que pessoas com baixa habilidade de raciocínio se tornem preconceituosos com grupos como outras raças e gays.
'As habilidades cognitivas são cruciais na formação de impressões sobre outras pessoas e em nos fazer ter uma mente aberta', dizem os pesquisadores. 'Indivíduos com habilidades cognitivas mais baixas tendem a se aproximarem de ideologias sociais de direita mais conservadoras que mantêm o status quo. Elas fornecem um senso de ordem'.
O estudo, realizado por estudiosos da 'Brock University' em Ontario, no Canadá, utilizou informações de dois estudos britânicos de 1958 e de 1970, onde milhares de crianças entre 10 e 11 anos tiveram sua inteligência medida e, aos 33 anos, responderam questões envolvendo política. O estudo '1958 National Child Development' envolveu 4.267 homens e 4.537 mulheres nascidas nesse ano. O 'British Cohort Study' envolveu 3.412 homens e 3.658 mulheres nascidas em 1970. É a primeira vez que os dados desses estudos foram utilizados dessa maneira.
Ao se tornarem adultas, essas crianças foram questionadas se concordavam com afirmações como 'eu não me importaria de trabalhar com pessoas de outras raças' e 'eu não me importaria se uma família de uma raça diferente se mudasse para a casa ao lado da minha'. Também foram questionadas se concordavam com afirmações típicas das políticas de direita e do conservadorismo social, como 'as penas para quem quebra a lei devem ser mais duras' e 'as escolas deveriam ensinar às crianças a obedecerem a autoridade'. Os pesquisadores também compararam seus resultados com um estudo americano de 1986 que incluiu testes de habilidade cognitiva e perguntas avaliando o preconceito contra homossexuais.
Os autores afirmam também que as visões políticas conservadoras são parte de um complexo relacionamento que leva as pessoas a se tornarem preconceituosas. 'A ideologia conservadora representa um caminho crítico no qual a inteligência na infância preve o preconceito na vida adulta', diz o artigo. 'Em termos de psicologia, a relação entre inteligência e preconceito deve vir da propenção de indivíduos com habilidade cognitiva mais baixa apoiarem ideologias mais conservadoras e de direita pelo fato de que essas ideologias propiciam um senso psicológico de estabilidade e ordem'.
'É óbvio, no entanto, que nem todas as pessoas com visões conservadoras são preconceituosas, e nem todos os indivíduos preconceituosos são conservadores'.
Traduzido por Thiago Baptista
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