Por Leonardo Possidônio
A provocação esboçada no título não tem o intuito de explorar uma batalha promovida por são-paulinos (Juvenal Juvêncio - presidente do SPFC, Aurélio Miguel - vereador de São Paulo torcedor do SPFC, etc) e corintianos (Andrés Sanchez - presidente do SCCP, vereadores corintianos, etc) acerca da escolha do estádio paulistano para a copa do mundo de 2014. Infelizmente, a rivalidade foi usada como um instrumento para uma disputa entre dois clubes (empresas), tirando da vitrine do debate a perversidade da concessão dos incentivos fiscais dado ao empresariado da construção civil em vários estádios em construção ou reforma para a copa do mundo de 2014.
Não há dúvidas de que a grande torcida do Corinthians merece e necessita de um estádio a sua altura (com transporte público, área pra estacionamento, ingressos acessíveis, capacidade para grandes públicos, etc), assim como merece as torcidas dos times de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, etc. A batalha protagonizada por tricolores e alvinegros não se deu por conta da proposta de incentivos fiscais para a construção de um estádio – neste caso o "Itaquerão" – como alegava a ala tricolor. Deu-se também centrado numa disputa política que há no interior do futebol brasileiro, pelo seu comando, e a oportunidade do estádio de seu clube sediar jogos de uma copa do mundo. Sendo assim, longe de qualquer perspectiva política que resguarde o investimento público em políticas de Estado e em área pública.
Portanto, o objetivo aqui é provocar a reflexão sobre a inserção e ou expansão de investimentos financeiros no futebol, o que significa incentivo fiscal - seja para atividades esportivas ou qualquer outra - diante de tantas outras demandas que o Estado brasileiro se omite em cumprir no período atual e o que é mundial de futebol - para torcedores ou para empresários, ministros, etc.
A copa do mundo de futebol só começará em 2014, mas o Brasil já está em desvantagem neste jogo. Não há craque de futebol que possa reverter este placar.
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