Por Pulsar Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) realizou nesta quinta-feira (28) uma audiência pública sobre os impactos das obras no Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Cerca de 200 pessoas compareceram ao debate.
O estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, está em obras para a realização dos megaeventos. O procurador da República Maurício Andrioulo explicou que a abertura do inquérito civil público serve para apurar se a reforma descaracteriza o templo esportivo, inaugurado em 1950.
No lugar da tradicional proteção de concreto, uma nova cobertura de lona e estruturas de aço está sendo construída. O superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro, Carlos Fernando de Souza, afirmou que as demolições não afetam questões etnográficas. Ou seja, não atingem questões ligadas às relações culturais e sociais em torno do Maracanã.
No entanto, esta visão foi criticada por torcedores, movimentos sociais, antropólogos e arquitetos. O presidente da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), João Hermínio Marques, destacou que o Maracanã nasce “para para democratizar o esporte”, mas que agora enfrenta imposições de uma Copa do Mundo “nada democrática e popular”.
Regina Rissi lembrou a “expulsão dos trabalhadores” informais dos arredores do estádio e apontou a ação como parte de uma “higienização do Rio”. Ela é presidente da Associação Expositores de Feirarts e Outros. Para a entidade representativa de ambulantes, as transformações da cidade para os megaeventos esportivos não incluem os trabalhadores.
O procurador da República Maurício Andrioulo informou que o inquérito sobre as obras do Maracanã será concluído em breve. O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro vai estudar as denúncias e avaliar se houve irregularidades na autorização concedida à Empresa de Obras Públicas (EMOP), que está à frente da reforma.
O Maracanã foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 2000, sendo considerado um patrimônio cultural. Este é mesmo órgão que permitiu a demolição do anel inferior do estádio e a derrubada da marquise, que cobria parte da arquibancada. (pulsar)
gr
29/07/2011
Áudios disponíveis:
João Hermínio Marques, da Frente Nacional dos Torcedores, protesta contra a "privatização do futebol". Ouça aqui
Regina Rissi, representante dos ambulantes, critica o desenvolvimento proposto pelos megaeventos esportivos. Ouça aqui
Veja também: Ato dia 30: entidades organizam protesto contra violações de direitos
O estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, está em obras para a realização dos megaeventos. O procurador da República Maurício Andrioulo explicou que a abertura do inquérito civil público serve para apurar se a reforma descaracteriza o templo esportivo, inaugurado em 1950.
No lugar da tradicional proteção de concreto, uma nova cobertura de lona e estruturas de aço está sendo construída. O superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro, Carlos Fernando de Souza, afirmou que as demolições não afetam questões etnográficas. Ou seja, não atingem questões ligadas às relações culturais e sociais em torno do Maracanã.
No entanto, esta visão foi criticada por torcedores, movimentos sociais, antropólogos e arquitetos. O presidente da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), João Hermínio Marques, destacou que o Maracanã nasce “para para democratizar o esporte”, mas que agora enfrenta imposições de uma Copa do Mundo “nada democrática e popular”.
Regina Rissi lembrou a “expulsão dos trabalhadores” informais dos arredores do estádio e apontou a ação como parte de uma “higienização do Rio”. Ela é presidente da Associação Expositores de Feirarts e Outros. Para a entidade representativa de ambulantes, as transformações da cidade para os megaeventos esportivos não incluem os trabalhadores.
O procurador da República Maurício Andrioulo informou que o inquérito sobre as obras do Maracanã será concluído em breve. O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro vai estudar as denúncias e avaliar se houve irregularidades na autorização concedida à Empresa de Obras Públicas (EMOP), que está à frente da reforma.
O Maracanã foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 2000, sendo considerado um patrimônio cultural. Este é mesmo órgão que permitiu a demolição do anel inferior do estádio e a derrubada da marquise, que cobria parte da arquibancada. (pulsar)
gr
29/07/2011
Áudios disponíveis:
João Hermínio Marques, da Frente Nacional dos Torcedores, protesta contra a "privatização do futebol". Ouça aqui
Regina Rissi, representante dos ambulantes, critica o desenvolvimento proposto pelos megaeventos esportivos. Ouça aqui
Veja também: Ato dia 30: entidades organizam protesto contra violações de direitos
Nenhum comentário:
Postar um comentário