Os bancos aumentaram as taxas de juros praticadas nas linhas de crédito mais populares oferecidas aos consumidores. A informação foi divulgada pelo Procon-SP. O aumento dos juros foi registrado no empréstimo pessoal e nas linhas de cheque especial. O acompanhamento aconteceu no mês de julho.
Em sete instituições financeiras acompanhadas, o Itaú registrou alta em suas taxas para empréstimo pessoal de 6,43% ao mês. No Bradesco foi 6,32% e Santander 5,99%. Já no Banco do Brasil (BB) chegou em 5,39%. O Safra e a Caixa Econômica Federal ofereceram as menores taxas, mas o aumento chegou perto de 5,5%.
De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Ademir Wiederkehr, não há elementos na economia que expliquem os motivos da elevação nos juros. Para ele, os bancos querem aumentar ainda mais seus lucros.
“Não há nenhum indicador econômico que aponta para a necessidade de aumentar os juros. Há indicadores na economia que mostram que a inflação reduziu, ou seja, há uma série de elementos que mostram para a necessidade de reduzir os juros. O sistema financeiro está na contramão do desenvolvimento social e econômico do país.”
Considerando as linhas de cheque especial, o banco Safra registrou alta 12,30% ao mês, o Santander 9,99% e o HSBC 9,95%. As menores taxas foram registradas na Caixa, com 8,27%, no BB 8,49% e Bradesco 8,87%.
Um estudo divulgado pela empresa LCA Consultores mostrou que a dívida dos consumidores brasileiros com os bancos e com as financeiras bateu recorde no mês de abril, chegando a R$ 653 bi. Do total, 60% equivalem a juros.
De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto.
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