por Adriano Espíndola Cavalheiro, de Uberaba (MG)
da Sucursal e do blog Defesa do Trabalhador
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Técnico-administrativos da UFTM em greve protestam em frente do prédio da Reitoria |
Em greve desde 17 de março, os Servidores Federais Técnicos Administrativos da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), situada em Uberaba, interior de Minas Gerais, através da direção e assessoria jurídica do Sinte-med (Sindicato dos servidores técnicos-administrativos da UFTM) e do o Comando Local de Greve, reuniram-se com o Reitor da referida instituição de ensino superior, Prof. Virmondes Rodrigues Junior, no dia 03/04.
Na reunião além de apresentação pelos servidores de sua pauta local (a greve abrange todas as universidades federais do país, com uma pauta nacional a ser negociada pelo Comando Nacional de Greve com o Ministério da Educação e com o Governo Dilma e outra local, referente às reivindicações diretas dos trabalhadores de cada Universidade, a ser negociada diretamente com as Reitorias), discutiu-se a questão da cessão de servidores e, ainda, a necessidade de respeito ao direito de greve dos servidores. O fim dos processos judiciais contra os estudantes que estão mobilizados em defesa da qualidade do Ensino na UFTM e protagonizaram recentemente ocupação do Centro Educacional, também esteve nas discussões com o Reitor, vez que é um dos pontos da Pauta apresentada.



Também presente na pauta, os servidores reafirmaram sua posição contrária às terceirizações e privatizações no serviço público, inclusive, por meio do EBSERH, no que não encontraram receptividade da Reitoria. A Reitoria, também, não demonstrou simpatia à reivindicação dos grevistas de fim dos processos judiciais contra os estudantes.
A luta segue firme entre os Técnicos Administrativos da UFTM, inclusive, com iniciativas buscando adesão do funcionalismo e apoio dos usuários do Hospital de Clínicas, além dos estudantes universitários. Como destacado por Adilson Diniz, na assembleia geral da categoria ocorrida no dia anterior à reunião, “essa não é uma greve qualquer, não é um greve onde a questão salarial está em primeiro lugar, é uma greve que exige do Governo Federal o cumprimento do Acordo que possibilitou o fim da greve de 2012 e não vem sendo implementado pelo governo, sendo, ainda, uma a greve em defesa do Hospital de Clínicas e dos usuários. O movimento grevista se volta contra condições de trabalho muitas vezes inadequadas, contra a falta de materiais e insumos, entre gases e até sabonete para dar banho nos pacientes. Temos a consciência da necessidade de demonstrar para a população a justeza das reivindicações, pois nossa a greve é em favor do serviço público de qualidade e, por consequência, em defesa do Hospital da Universidade e de um atendimento digno para os seus usuários.”
Adriano Espíndola Cavalheiro é advogado militante e articulista da Agência de Notícias Alternativas. Mantém o blog Defesa do Trabalhador - (blog integrante da rede ANOTA). É militante da CSP- Conlutas. Contato: defesadotrabalhador@terra.com.br
A DIVULGAÇÃO, CITAÇÃO, CÓPIA E REPRODUÇÃO AMPLA DESTE TEXTO É PERMITIDA E ACONSELHADA, desde que seja dado crédito ao autor original (cite artigo de autoria de Adriano Espíndola Cavalheiro, publicado originalmente pela ANOTA – Agência de Notícias Alternativas)
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