por Almir Cezar, de Brasília
As centrais sindicais, movimentos populares e partidos de esquerda no Distrito Federal realizaram na sexta-feira (30/08), como parte do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação um ato unificado de protesto no Centro do Brasília, em frente ao Palácio do Desenvolvimento, sede do INCRA e das secretarias do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O ato reuniu a maior concentração de manifestantes na cidade durante esse dia.
Os manifestantes de Brasília na sequência, após um almoço comunitário, organizado pela ASSEMDA e ASSERA/Br (associações dos servidores do MDA e do INCRA de Brasília), se dirigiram a Esplanada dos Ministérios e se incorporaram à vigília nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), cujos professores da rede pública básica do Distrito Federal estavam paralisados.
A grande ausência sentida no ato unificada de Brasília foi da CUT (Central Única dos Trabalhadores), apontada como a central sindical ligada ao governo, criticada veladamente pelas lideranças e sindicalistas presentes. Esse dia de mobilização e paralisação nacional foi convocado pela articulação entre as principais centrais sindicais do país (CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB, CSB, CGTB). A iniciativa faz parte da onda de mobilizações que teve início em junho, com as manifestações de rua, e em julho, com as paralisações nacionais dos trabalhadores. Por todo as capitais e grandes cidades do Brasil houveram atos e paralisações.
Na Universidade de Brasília (UnB), ainda nesta mesma manhã, os estudantes dos centros acadêmicos e da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel) estiveram realizando um ato em defesa da assistência estudantil. Os trabalhadores dos Correios, também paralisados, fizeram um ato na sede nacional da empresa e à tarde dirigiram ao bloco do Ministério das Comunicações na Esplanada dos Ministérios.
Os servidores do MDA e INCRA paralisados e os trabalhadores rurais ligados à CONAFER (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais Familiares) e ao MBST (Movimento Brasileiro dos Sem Terras) ainda protestaram em frente ao Congresso Nacional contra a paralisia da política de Reforma Agrária, o sucateamento dos dois órgãos agrários federais e a criminalização dos movimentos sociais.
Haverá uma reunião nacional amanhã, quarta-feira (04), em São Paulo que deve se debruçar para definir caminhos para fazer avançar o processo de mobilização dos trabalhadores e da juventude, e em defesa da plataforma política levadas à Brasília por sindicatos e movimentos sociais em marcha de 24 de abril.
(Fotos: Ascom/ASSEMDA)
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