sábado, 24 de setembro de 2011

Militantes criticam Comissão da Verdade aprovada pelo governo


   A Câmara dos Deputados aprovou o projeto do governo que cria a Comissão da Nacional da Verdade. O Grupo Tortura Nunca Mais se nega a reconhecer essa Comissão nos moldes em que foi criada. A proposta da Comissão também deverá ser aprovada no Senado.

   A Comissão será formada por sete integrantes, todos indicados pela presidenta Dilma. Um dispositivo proposto pelo partido Democráticos (DEM) impede a participação de militantes que lutaram contra o regime militar na Comissão.

   Cecília Coimbra, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, explica que o grupo é contra essa Comissão por ter um formato antidemocrático e sem autonomia.

   Para a ativista, o governo está fazendo uma “encenação” diante da comunidade internacional, após sofrer pressão por responder sobre a violações dos direitos humanos ocorridas no país, principalmente no período da ditadura militar.

   Cecília ainda lembra que o Brasil é o país mais atrasado da América Latina em relação a reparação dos crimes cometidos durante a ditadura militar. Ela explica que os militantes entendem reparação de acordo com o conceito defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

   De acordo com a ONU, reparação seria um processo de investigar, esclarecer, tornar público e responsabilizar os envolvidos pelos crimes cometidos em um regime de opressão.

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