por Adriano Espíndola Cavalheiro, de Uberaba (MG)
A PM de Minas Gerais, por ordem expressa do governo do estado e da prefeitura de BH, está preparando o despejo de 8 mil famílias em Belo Horizonte, em uma região onde se estabeleceu um projeto de bilhões reais, num escandaloso esquema envolvendo empreiteiras em parceria com o Estado e a prefeitura.
Os advogados da Renap (Rede Nacional dos Advogados e Advogadas Populares) estão fazendo tudo o que é necessário para defender o direito das famílias à moradia. Nessa região, conhecida como Isidoro, estão assentadas três ocupações urbanas (Rosa Leão, Esperança e Vitória).
O senador Aécio Neves - candidato do PSDB à presidência, que recebeu quantia milionária para sua campanha da Direcional Engenharia S/A, seria um dos beneficiários do esquema. Já o governo petista da presidente Dilma Rousseff, nada tem feito para intervir na situação.
Dias atrás, na Faculdade de Direito da UFMG, realizou-se uma reunião que contou com umas 200 pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas em ações de apoio a essas comunidades.
É provável que na segunda (11.08) ou terça (12.08) a PM invada a área para retirar à força as famílias, pois ela já está fazendo seu jogo sujo, pois em panfleto distribuído por ela (PM) aos ocupantes o tom é de ameaça, de terror psicológico, chegando a responsabilizar os moradores e sua organização pelo massacre que se avizinha. Em um trecho de seu panfleto terrorista a PM sugere “que mulheres grávidas, idosos, crianças e pessoas portadoras de necessidades especiais saiam do local, para preservar a integridade física e psicológica ... A responsabilidade pela saúde dessas pessoas é do movimento”.
Charlene Egidio, uma das coordenadoras do movimento na região e moradora da ocupação Rosa Leão, afirma que a presença constante da repressão transforma a vida dos moradores em um pesadelo. “Helicópteros da policia faz voos rasantes de noite pra não deixar a gente dormir, incursões noturnas de intimidação, cavalarias e viaturas rodam a ocupação diariamente fazendo ameaças”, afirma.
Solicito a todos a divulgarem essa informação ao máximo de pessoas, como forma de pressionar o governos federal, do município de BH, do Estado de Minas Gerais e, ainda, o judiciário, não apenas para que esse massacre anunciado não ocorra, mas também para que seja garantido o direito de moradia às famílias ameaçadas.
Com informações do advogado Fernando Alves, da Renap e da direção do movimento
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