sábado, 7 de junho de 2014

Coordenação Nacional da CSP-Conlutas faz reunião e discute organização da central e lutas durante a Copa

por Rodrigo Barrenechea, direto de São Paulo


Fotos: RB
  Ocorre neste fim de semana (de 6 a 8 de junho de 2014) a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, na cidade de São Paulo. Estão reunidos representantes de sindicatos, federações, oposições sindicais e membros de movimentos populares, camponeses, de opressões e estudantis. 

Destacam-se, neste grupo, os rodoviários do grande Rio - que recentemente fizeram várias paralisações contra a direção de seus sindicatos -, garis de São Gonçalo - que vem sofrendo represálias tanto da patronal quanto de seu próprio sindicato -, o movimento Acorda Peão Comperj, que
O Movimento Rodoviários em Luta do RJ esteve presente na reunião
vem construindo uma oposição ao sindicato local da construção civil após importantes greves no último período, além dos Metroviários de São Paulo, que estão em greve contra o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).



  O ponto de discussão neste sábado - organização da Central - foi exposto por Sebastião Pereira, o Cacau, que abordou três temas principais: a reorganização do movimento sindical, a legalização da Central e a expansão para novas áreas de atuação. O movimento sindical - que já vem passando por uma intensa mudança, desde a formação 
Cacau Pereira apresenta o informe sobre a organização da central
da central, há 4 anos - passa por mais uma alteração significativa, com algumas vitórias de chapas afiliadas à CSP, como em correios de Santa Catarina e Rodoviários de Pernambuco, e o surgimento de novos movimentos de oposição, que se chocam não apenas com direções governistas, mas com direções antigas - no jargão sindical, "pelegos". 


Neste sentido, o processo de legalização da CSP-Conlutas esbarra em 3 limites: atingir 100 sindicatos filiados (faltam 8); atingir a marca de 600 mil trabalhadores sindicalizados (isso tem a ver com uma reavaliação do número de filiados aos sindicatos da central); e atingir 20 sindicatos filiados em ao menos 3 regiões do país (sendo que a central já atingiu esse índice em duas regiões, sudeste e nordeste). Contudo, mesmo com apenas 92 sindicatos, a CSP reúne quase tantos trabalhadores quanto a CGTB, que reúne 300
Renato Gomes, do Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu
sindicatos. Por fim, Cacau apontou um fenômeno novo: o aparecimento de sindicatos e movimentos ligados ao campo, especialmente de assalariados rurais e agricultores familiares, inclusive com uma federação de sindicatos rurais que está pleiteando filiação à central.



  Após isso, a delegação de rodoviários do Rio de Janeiro e municípios vizinhos fez uma saudação, efusivamente aplaudida pelos presentes. A presença desses
Miguel Malheiros, da executiva estadual da CSP RJ
trabalhadores lembrou aos presentes o importante momento pelo qual passa o movimento sindical no país, com greves dos trabalhadores em transporte e de rebeliões de base contra direções que defendem mais os interesses dos patrões que dos seus filiados. Seguiram-se intervenções dos diferentes representantes de sindicatos e movimentos filiados, onde se fez a avaliação desse tempo mais recente, assim como dos 4 anos de existência da CSP-Conlutas.


  Por fim, os diferentes setores presentes na reunião, como movimento popular, funcionários públicos ou os jornalistas dos sindicatos e movimentos relacionados à CSP reuniram-se em grupos, a fim de discutir as estratégias de mobilização para os próximos dias, especialmente às vésperas da realização da Copa do Mundo.

Yuri Proença, da Oposição Ecetista do Rio
  A ANotA - Agência de Notícias Alternativas, que faz a cobertura da reunião, está credenciada como entidade observadora neste fim-de-semana.

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