Milhares de coreanos ocupam centro de Seul contra a privatização (29/12) |
por Juzerley Santos, da Redação
Após 21 dias de
uma greve que mobilizou o país a Federação Nacional dos Ferroviários (KRWU),
decidiu suspender a paralisação no último dia 30/12. A decisão foi tomada junto
com a Federação Coreana dos Serviços Públicos e dos Trabalhadores de
Transportes (KPTU, sigla em inglês) e da Confederação dos Sindicatos (KCTU,
sigla em inglês) que vêm apoiando a luta dos ferroviários.
A decisão pela
suspensão da greve se deu após os ferroviários conseguirem uma importante
vitória ao fechar um acordo com membros da Assembleia da Oposição Nacional, que
prevê a criação de um Subcomitê sobre o Desenvolvimento da Indústria
Ferroviária.
A greve, iniciada
no dia 9/12, era contra privatização do setor ferroviário do país e foi
duramente reprimida pelo governo de Park Geun-hy. Mais de 8 mil ferroviários
foram demitidos, quase 200 sindicalistas presos e a sede da Federação foi
atacada por tropas policiais. Nos dias 28 e 29/12 mais de centenas de milhares
de coreanos ocuparam ruas e praças, principalmente na capital Seul, em solidariedade
aos ferroviários.
Mobilizados desde o início de dezembro passado
(9/12), os trabalhadores coreanos prometem que seguirão mobilizados contra as
privatizações do setor. Novas paralisações nos dias 9 e 16 de janeiro já estão
marcadas. Os protestos também denunciam a corrupção nos altos escalões do
governo.
A luta dos ferroviários, que mobilizou o povo coreano, também contou com a solidariedade internacional. No Brasil, representantes da CSP-Conlutas foram até o consulado da Coreia do Sul declarar apoio aos trabalhadores em greve e, sobretudo, aos funcionários demitidos.
A luta dos ferroviários, que mobilizou o povo coreano, também contou com a solidariedade internacional. No Brasil, representantes da CSP-Conlutas foram até o consulado da Coreia do Sul declarar apoio aos trabalhadores em greve e, sobretudo, aos funcionários demitidos.
dirley@agencianota.com
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