terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Escola em São Paulo pressiona estagiária a alisar cabelo



A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário acusa seus patrões de perseguição e racismo. Ela teria sido forçada a alisar o cabelo para manter a “boa aparência” na escola onde faz estágio.




   A diretora do Colégio Internacional Anhembi Morumbi ainda teria prometido comprar camisas mais compridas para que funcionária escondesse os quadris.

   Ester foi contratada para o setor de marketing. Ela monitorava visitas de pais interessados em matricular filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, na cidade de São Paulo.

   Além de receber recados para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo das advertências aos demais funcionários do colégio.A estagiária registrou o ocorrido na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo.

   Procurado pela Radiogência Notícias do Planalto, um funcionário indicado pela Direção do Anhembi Morumbi informou que a instituição não recebeu nenhuma notificação sobre o registro do Boletim de Ocorrência. Ele se limitou a dizer que “o colégio zela pela sua imagem e, ao pregar a ‘boa aparência’, se refere ao uso de uniformes e cabelo preso”.

   Contudo, para a advogada trabalhista Carmen Dora de Freitas Ferreira, que ministra cursos no Geledés, Instituto da Mulher Negra, a expressão “boa aparência” é usada frequentemente para disfarçar preconceitos. Ela explica que a ação, geralmente, exclui negros, afrodescendentes e indígenas. 

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