sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Copa de 2014, Romário e Ronaldo: teremos uma tabelinha ou um duelo entre os artilheiros?

Por Leonardo Possidonio

   A preparação do país para receber a Copa de 2014 sofre a cada dia novos contornos. Seja pelas constantes greves nas reformas ou construção dos estádios, a manifestação de torcedores indignados com os rumos que a organização da Copa e o futebol brasileiro (CBF) tem tomado, a crítica sincera de uma fração da mídia brasileira e por vezes internacional ou pela atuação pertinente de Romário no Congresso Nacional.

   O governo Dilma/Lula tinha planos muito claros para a Copa de 2014 no Brasil, como forte aliado das empreiteiras e do empresariado de uma forma geral. Contudo, parece preocupado com algumas dificuldades para realizar o evento conforme programava. Dentre elas estava as “manobras” constantes protagonizadas por Ricardo Teixeira (presidente da CBF), que poderia trazer novos problemas para o governo.

   Em qualquer jogo quando um time está com problemas para vencer o craque é chamado a decidir a partida. Nesta situação é que se assemelha a entrada de Ronaldo no Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014.

   O que Ronaldo fará no COL? Irá garantir o interesse econômico das empreiteiras e do empresariado do turismo e “mega eventos”? Irá se omitir diante do investimento de dinheiro público nas obras em estádios da Copa? Irá manter a “democracia e transparência” vigente neste processo? Ou, se aliará a Romário na defesa do não investimento de dinheiro público nas obras em estádio da Copa em detrimento da saúde, educação, etc; de um processo transparente e verdadeiramente democrático; de ingressos populares; etc.

   Prever o futuro neste caso não é difícil, diante das movimentações de Ronaldo Nazário, seja pela sua passagem no Corinthians (seja enquanto jogador ou empresário) e pelo seu empreendimento econômico no futebol.

   Dificilmente veremos uma tabelinha neste caso. Muito menos um craque a decidir o jogo. E, sim, um carrasco a acabar com nossos sonhos e esperanças de um futebol popular e o respeito ao dinheiro público.

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