segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cúpula das Américas termina sem acordo sobre Cuba e Malvinas


   A 6ª Cúpula das Américas foi encerrada neste domingo (15) sem que países elaborassem acordo para uma declaração final. As principais diferenças foram com relação ao embargo a Cuba e ao conflito das Malvinas, território argentino sob domínio inglês.

   O encontro expôs as diferenças entre a maioria dos países da região frente às posturas dos Estados Unidos e do Canadá. Estas diferenças dificultaram os acordos entre os chefes de Estado e, conseqüentemente, a elaboração de uma declaração conjunta da reunião.

   A forte oposição de países da América Latina contra as sanções impostas a Cuba elevou o nível de pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Além de colocar em xeque a declaração final do encontro, os países ameaçam reduzir a influência dos Estados Unidos na região.

   Apesar das diferenças, o presidente colombianos, Juan Manuel Santos, buscou que a Cúpula se encerrasse com uma declaração acerca dos cinco pontos originais da convocatória: segurança; desastres naturais e meio ambiente; integração física; acesso às tecnologias; e pobreza e desigualdade.

   Vale dizer que o presidente colombiano havia criticado o bloqueio a Cuba em seu discurso inicial. Esta foi a primeira vez que a Colômbia se colocou contrária à posição dos Estados Unidos com relação a Cuba. Juan Manuel Santos também se manifestou sobre a situação do Haiti e a descriminalização do consumo de drogas.

   Sobre este último tema, os países reunidos na Cúpula das Américas acordaram de solicitar um estudo à Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a luta contra as drogas. A Cúpula aconteceu neste final de semana na cidade de Cartagena de Indias, na Colômbia, e contou com a presença de 34 mandatários.

   Os presidente Hugo Chávez, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, e Daniel Ortega, da Nicarágua, não participaram do encontro por discordarem do veto dos Estados Unidos à participação de Cuba. A próxima Cúpula das Américas será em 2015 no Panamá.

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