por Rodrigo Barrenechea, do Rio de Janeiro
Faixa convocando ato na FFP-UERJ. Fotos: RB |
Na tarde desta quinta (21), por volta de mil pessoas participaram de uma marcha por mais verbas para a educação universitária. Professores, alunos e servidores das 3 universidades estaduais do Rio - UERJ (e seus 3 campi, Maracanã, FFP-São Gonçalo e FEBF-Caxias), UEZO e UENF - e do Colégio de Aplicação da UERJ foram às ruas por mais verbas e pela regularização do pagamento aos terceirizados. A falta de recursos, causada pelos ajustes fiscais implementados pelos governos federal e estadual, vem causando repetidos atrasos nos salários dos funcionários terceirizados. Assim, diversas unidades tem tido dificuldade para funcionar, como o CAp-UERJ e o campus Maracanã da UERJ, que teve o funcionamento dos elevadores paralisado semana passada.
Chamou a atenção que o Sintuperj - Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro - não tenha aderido à paralisação de ontem,
puxada inicialmente pela seção sindical da UERJ do ANDES-SN, a Asduerj, e por uma assembleia estudantil, organizada de forma independente do DCE da UERJ. O DCE é dirigido por correntes políticas consideradas alinhadas com os governos Dilma de Pezão, como o PT e o PCdoB e aderiu às mobilizações, mas de maneira apenas formal, como acusam diversos estudantes de oposição à gestão atual da entidade estudantil.
Estudantes das 3 universidades estaduais, além do Colégio de Aplicação da UERJ, estiveram presentes no ato |
Ao fim do ato, a comissão que entrou para negociar com o
governo estadual retornou informando o que foi acertado. Segundo a comissão, foi aberto um canal de negociação com o executivo estadual, a fim de examinar a pauta de reivindicações, apesar do governo afirmar que não possui recursos para garantir um reajuste aos servidores e docentes das universidades. Também foi dito que o pagamento aos terceirizados já foi regularizado, apesar de que ainda existem problemas nos salários dos funcionários do Hospital Universitário Pedro Ernesto.
A população que assistia o protesto deu seu apoio enquanto o ato se dirigia ao Palácio Guanabara |
Uma proposta de greve geral da educação universitária estadual está sendo discutida, podendo ter início na semana que vem.
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