por Rodrigo Barrenechea, do Rio de Janeiro
Fotos: RB |
A construtora, que alegava não ter recursos, impetrou pedido de recuperação judicial, aceito pela justiça. O bloqueio dos bens da Alumini foi devido a uma ação impetrada pelos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Vindos de Itaboraí, onde fica o canteiro de obras do Comperj, os operários foram chegando perto das 7 da manhã no Edifício Sede da Petrobrás, no centro do Rio. Eles levaram seus uniformes, deixados no chão propositalmente para serem pisados, assim como um caixão com um boneco também uniformizado, simbolizando a morte da empresa. A manifestação contou com o apoio do Sindipetro-Rio e de diversos outros movimentos sociais que por lá passaram. A intenção dos trabalhadores é permanecer acampado até que a Petrobrás resolva o problema deles.
A estatal se recusa a ajudar
Fac-símile de trecho da sentença, onde a Petrobrás é intimada a depositar valor em juízo |
Pela decisão do juiz do trabalho de Itaboraí, a Petrobrás tem 48 horas (que encerram nesta quinta) para depositar R$ 13.222.565,10 referentes à salários, parcelas do acordo de demissão etc., sob pena de pagamento diário de multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Há também, neste valor, valores a título de indenização por danos morais - R$ 1 milhão por dano coletivo e R$ 1 mil para casa trabalhador.
A estatal declarou, em nota, que não é responsável pelo
pagamento, por entender que a relação trabalhista se dá entre os empregados e a Alumini. No entanto, a própria estatal vem firmando contratos com um fundo para casos como esse, por entender que casos como esse estão se tornando recorrentes. Só que agora, independente do que diga a Petrobrás, há uma decisão judicial que obriga a empresa a depositar o valor em juízo para futuro pagamento.
A situação dos trabalhadores da Alumini é bastante precária |
Luta dos trabalhadores da Alumini deve prosseguir até a resolução das pendências |
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