quarta-feira, 7 de maio de 2014

A Copa que todos podem ver

   Por Rafaella Barreto, especial para a ANotA

Foto: Rafaella Barreto.
   A Copa Popular, evento organizado pelo Comitê Popular Rio de Copa e Olimpíadas, em parceria com a ANAFF (Associação Nacional de Futebol Feminino), tem o intuito de denunciar as violações de direitos fundamentais, em razão das obras de preparação da cidade para Copa do Mundo e Olimpíadas 2016.

   A competição conta com a participação de times masculinos e femininos, de grupos atingidos pelos projetos dos mega eventos esportivos. São moradores de comunidades ameaçadas de remoção, torcedores, camelôs ou apoiadores da causa.

   Segundo Renato Cosentino, membro do Comitê, mais de 20 mil famílias foram obrigadas a abandonar suas casas, desde 2009, em decorrência dos projetos ligados à Copa e Olimpíadas. "Fizemos a primeira Copa Popular em 2013, com os atingidos pelas remoções, no dia da estréia da Copa das Confederações. A edição desse ano está sendo realizada em diversas etapas em várias regiões, e a final acontecerá em junho, durante a Copa do Mundo", declarou.

Foto: Rafaella Barreto.
   A primeira etapa já aconteceu. No último dia 27, a Favela Santa Marta, zona sul do Rio, foi palco da disputa entre os times FNT (Frente Nacional dos Torcedores), MUCA (Movimento Unido dos Camelôs), Santa Marta e Comitê Popular, na modalidade masculina; Chatuba, Santa Cruz e Criciúma na modalidade feminina. A próxima etapa será dia 10 de maio, véspera de dia das mães, na comunidade do Borel (Tijuca), zona norte da cidade.

   Outras duas etapas acontecerão até a final, nas Zonas Oeste e Centro, com o objetivo de integrar os envolvidos com a causa, e mostrar que a violação de direitos e demais ilegalidades não são pontuais.

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