quinta-feira, 15 de maio de 2014

Movimentos sociais organizam protesto para denunciar abusos da Copa

Na capital federal ato será no centro da cidade e convocação conta com um manifesto

por Almir Cezar, da Sucursal Brasília

panfleto de convocação (frente)
do ato de Brasília do 15M
Hoje (15/05) atos organizados pelos movimentos sociais estão preparados por todas capitais e principais cidades do Brasil, no que vem sendo chamado de 15M. As manifestações são contra os abusos sociais gerados pela realização da Copa da FIFA no Brasil e os gastos governamentais exorbitantes e suspeitos de corrupção, com os mega-estádios, propaganda e festas, em detrimento da saúde, educação, desenvolvimento agrário, e serviços públicos básicos em geral. Em Brasília ato será no centro da cidade no fim da tarde e a convocação conta com um manifesto.

Reclamações - Os movimentos sindicais e populares criticam que pelo Brasil à fora comunidades inteiras foram expulsas de suas terras, de maneira violenta, para construção de estádios ou avenidas ou para venda de terras para financiar as obras. E os governos - federal, estaduais e municipais - forçaram aprovação de leis abusivas, cortam gastos sociais e congelam salários dos seus servidores e se preparam para reprimir com violência e criminalizar quaisquer mobilizações no período do evento.

No governo federal foram no mínimo destinados  R$ 50 bilhões para a Copa. Porém, em 2014, o mesmo, sem afetar esses gastos, contingenciou 1/4 do orçamento do União, afetando especialmente órgãos de políticas básicas, como, por exemplo, o INCRA e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que cuidam do desenvolvimento rural, da agricultura familiar e da Reforma Agrária. Embora, contraditoriamente o país passe no momento por uma forte inflação dos alimentos. Pretexto inclusive para elevações das taxas básicas de juros, elevando os gastos públicos com  pagamento de dívida, o que contribui para complicação das contas públicas.

verso panfleto de Brasília apresenta
um manifesto
Não muito diferente aconteceu no Distrito Federal. O governo local (GDF) é criticado por vender terras públicas, que seriam para moradia popular e Reforma Agrária, para alegria das construtoras e especuladores imobiliários, para erguer um megaestádio de mais de R$ 1,2 bilhão, acusado de tornar-se "elefante branco", em meio há problemas básicos facilmente apontados pela população no transporte público, saúde, educação, etc.

Apesar das promessas  de "legado" da Copa de investimentos e melhorias nesses setores, as iniciativas não ficaram prontas ou foram descartadas. E os servidores públicos, principalmente os federais, amargando arrocho salarial e carência de pessoal, e intransigência nas negociações, ameaçam fazer greve durante a Copa para ter suas reivindicações atendidas.

O ato de Brasília - Em Brasília (DF), a convocação dos atos, como em outras cidades, é feita por movimentos de juventude, os comitês populares da Copa, os movimentos populares por terra e/ou moradia, movimentos de combate às opressões e entidades sindicais e oposições.

A manifestação do 15M da cidade será às 17h na Rodoviária do Plano Piloto, no Centro da capital federal. Há também um panfleto e um manifesto assinado por entidades, organizações e movimentos.

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