por Max Laureano, especial para a ANotA
No dia 28 de Maio aconteceu o debate "O Haiti é Aqui", no Sindicato dos Petroleiros-RJ. No evento procurou-se fazer uma referência aos 10 anos de Ocupação Militar naquele país, fazendo um paralelo com a ocupação militar das UPP's no Brasil.
O evento teve as participações de Franck Seguy, jornalista haitiano e doutor pela Unicamp, do MC Calazans, do APAFUNK, de Mônica Francisco, moradora do Borel e coordenadora do ASPLANDE, e com moderação de Sandra Quintela (PACS/Jubileu Sul).
Segundo Seguy, para o Imperialismo o Haiti hoje é o lugar
mais seguro para se produzir vestuário, sendo mais barato do que aquele produzido na China. Isto ocorre através da política de "zonas francas", isto é, setores operários têxteis sem nenhuma regulamentação trabalhista.
A ocupação militar do Haiti é marcada também pela necessidade de "humilhar" o país, atitude típica de um exército invasor, explica Seguy. Fotos: Rodrigo Barrenechea. |
Em 2009, começam rebeliões operárias, reprimidas pela forças de intervenção da ONU,a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), que funcionaria como "polícia terceirizada", a mando do imperialismo, com a forte participação do Brasil.