por Andrés Lawner, especial para a ANotA
Às vésperas de completar 51 anos, o golpe militar de 1964 ainda provoca intensa controvérsia. Uma série de lugares-comuns é dita sobre ele, como “na ditadura não havia corrupção”, “sob os militares o crime estava contido” e “precisamos de uma intervenção militar”. Esta última um repeteco do que era dito nos anos anteriores à queda de João Goulart, onde quem pediu isso acreditava que o regime ditatorial seria curto e restauraria as liberdades. 21 anos se passaram enquanto isso...
Muito já foi dito e estudado sobre o assunto. Que Goulart, o PTB e o PCB cavaram a própria cova. Que os EUA estavam por trás de tudo. Que não estavam. Até mesmo, que o empresariado que apoiou o golpe era tão importante no regime que este mereceria ser chamado de “ditadura civil-militar”. O que pouco foi dito é o que temos como legado dele até hoje, e que alguns setores da sociedade insistem em trazer à tona dessa “herança maldita”. Os “esqueletos” que ainda insistem em se manter no armário.