Por Flávio Reis, de Niterói
Foto: Fernando Azevedo (FlaImagem) |
Denúncia de racismo não ofuscou partida magistral do Flamengo com gol de Adryan à la Zico
Na 25ª rodada do Brasileirão não houve vitórias dos cariocas e das equipes bem colocadas na tabela. Mas este artigo também não é para tratar dos resultados em geral. Ele foi produzido com a intenção de destacar a atuação do jovem Adryan do Flamengo, que nos brindou com um pequeno reencontro com o futebol arte mais autêntico. E discutir a denúncia de racismo nos bastidores do Engenhão.
Flamengo e Grêmio brigaram por cada palmo do gramado e pela posse da bola. E acabaram empatando em 1 X 1 em 16/09. A marcação dos gaúchos contava até com o empenho dos atacantes. O gol de M. Moreno pelo Grêmio saiu por acaso aos 18, depois de uma falha da zaga. E o Flamengo dominou o jogo desde o início, mas não conseguia penetrar na defesa gremista. O Rubro-Negro só não chegou à igualdade no primeiro tempo, porque aos 23 Liedson chutou no travessão.
Para alterar a evidente a falta de ousadia do Flamengo na primeira etapa, no intervalo Dorival colocou o moleque Adryan, de 17 anos, no lugar de Luiz Antonio. O recuo de Ibson também ajudou a zaga com a saída de bola. E assim o Flamengo voltou mais disposto a virar o jogo.
Na primeira chance do segundo tempo, aos 11, Ibson passou para o artilheiro do amor. E foi com um chute forte que Love estufou a rede, mas pelo lado de fora. Foi tão perto que todos juraram que a bola havia entrado. O lance confundiu até o consagrado narrador da rádio Globo, Luiz Penido, que primeiro gritou gol e em seguida disse que foi anulado.
O garoto Adryan, com um minuto em campo, já criava suas jogadas. Foi de sentir pena do lateral Pará quando tentou marcá-lo. Sua participação foi premiada com um gol do qual nosso semideus Zico certamente assinaria em baixo. Após falta em Ibson, Adryan chamou a responsabilidade diante de jogadores com mais experiência. E seguindo à risca o manual dos grandes cobradores de falta, o garoto, lançado pelo técnico gremista Luxemburgo quando recentemente comandou o Flamengo, beijou a bola e ficou mirando. O tiro saiu com curva por cima do terceiro homem da barreira e foi morrer no ângulo superior direito, aos 16. E o menino seguiu infernizando a zaga gaúcha.
Se tivesse mais de sorte, o Flamengo poderia ter vencido, já que encurralou o tricolor e criou outras 3 oportunidades no final. Sem contar que tão belo quanto seu gol foi a declaração de Adryan no dia seguinte sobre a “alegria” que o motiva jogar futebol.
"Eu joguei com felicidade. É o que eu quero para mim, quero estar sempre feliz dentro do campo, rindo. Independentemente da situação, quero estar me divertindo, porque eu sei que se eu fizer com carinho, amor, felicidade e com alegria, eu sempre estarei bem com meus companheiros e fazendo uma boa partida". (Site do Flamengo, 17/09)
Assim se mantém viva nossas esperanças de rever craques jogando com mais amor ao esporte e menos preocupados com dinheiro e fama.
Apesar da longa série sem vitórias o Flamengo saiu de campo aplaudido pela torcida, satisfeita com a entrega dos jogadores que suaram com garra a camisa do mais querido do Brasil. Foi uma partida exuberante. Uma das melhores do Flamengo em 2012. E a torcida acredita que a repetição desse desempenho pode fazer o Flamengo subir e se recuperar na tabela.
A denúncia de racismo nos bastidores
Paulo Pelaipe, dirigente do Grêmio, jura que no conflito com seguranças da FERJ não proferiu palavras de cunho racista. Mas a imprensa disse que ele recebeu voz de prisão de policiais e foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal do estádio. A confusão ocorreu quando Pelaipe insultou funcionários após ter sido impedido de acessar área reservada aos cartolas do Grêmio. O local já estava com sua lotação máxima.
Um relato sobre o que se passou no Juizado foi registrado pela Gazeta Esportiva em 16/09: “A situação foi minimizada, pois os dois profissionais da FERJ que teriam sido chamados de 'macaco' não quiseram registrar boletim de ocorrência.”
Queremos acreditar que tudo isso realmente não passou de um mal entendido. E não é demais lembrar que racismo é um crime inafiançável que deve ser punidos rigorosamente. Continuemos a luta para que os estádios de futebol, bem como toda a sociedade, fiquem livres desta ideologia reacionária. O espírito esportivo continua contribuindo nos despertando lições de amor, alegria e coletividade.
Na 25ª rodada do Brasileirão não houve vitórias dos cariocas e das equipes bem colocadas na tabela. Mas este artigo também não é para tratar dos resultados em geral. Ele foi produzido com a intenção de destacar a atuação do jovem Adryan do Flamengo, que nos brindou com um pequeno reencontro com o futebol arte mais autêntico. E discutir a denúncia de racismo nos bastidores do Engenhão.
Flamengo e Grêmio brigaram por cada palmo do gramado e pela posse da bola. E acabaram empatando em 1 X 1 em 16/09. A marcação dos gaúchos contava até com o empenho dos atacantes. O gol de M. Moreno pelo Grêmio saiu por acaso aos 18, depois de uma falha da zaga. E o Flamengo dominou o jogo desde o início, mas não conseguia penetrar na defesa gremista. O Rubro-Negro só não chegou à igualdade no primeiro tempo, porque aos 23 Liedson chutou no travessão.
Para alterar a evidente a falta de ousadia do Flamengo na primeira etapa, no intervalo Dorival colocou o moleque Adryan, de 17 anos, no lugar de Luiz Antonio. O recuo de Ibson também ajudou a zaga com a saída de bola. E assim o Flamengo voltou mais disposto a virar o jogo.
Na primeira chance do segundo tempo, aos 11, Ibson passou para o artilheiro do amor. E foi com um chute forte que Love estufou a rede, mas pelo lado de fora. Foi tão perto que todos juraram que a bola havia entrado. O lance confundiu até o consagrado narrador da rádio Globo, Luiz Penido, que primeiro gritou gol e em seguida disse que foi anulado.
O garoto Adryan, com um minuto em campo, já criava suas jogadas. Foi de sentir pena do lateral Pará quando tentou marcá-lo. Sua participação foi premiada com um gol do qual nosso semideus Zico certamente assinaria em baixo. Após falta em Ibson, Adryan chamou a responsabilidade diante de jogadores com mais experiência. E seguindo à risca o manual dos grandes cobradores de falta, o garoto, lançado pelo técnico gremista Luxemburgo quando recentemente comandou o Flamengo, beijou a bola e ficou mirando. O tiro saiu com curva por cima do terceiro homem da barreira e foi morrer no ângulo superior direito, aos 16. E o menino seguiu infernizando a zaga gaúcha.
Se tivesse mais de sorte, o Flamengo poderia ter vencido, já que encurralou o tricolor e criou outras 3 oportunidades no final. Sem contar que tão belo quanto seu gol foi a declaração de Adryan no dia seguinte sobre a “alegria” que o motiva jogar futebol.
"Eu joguei com felicidade. É o que eu quero para mim, quero estar sempre feliz dentro do campo, rindo. Independentemente da situação, quero estar me divertindo, porque eu sei que se eu fizer com carinho, amor, felicidade e com alegria, eu sempre estarei bem com meus companheiros e fazendo uma boa partida". (Site do Flamengo, 17/09)
Assim se mantém viva nossas esperanças de rever craques jogando com mais amor ao esporte e menos preocupados com dinheiro e fama.
Apesar da longa série sem vitórias o Flamengo saiu de campo aplaudido pela torcida, satisfeita com a entrega dos jogadores que suaram com garra a camisa do mais querido do Brasil. Foi uma partida exuberante. Uma das melhores do Flamengo em 2012. E a torcida acredita que a repetição desse desempenho pode fazer o Flamengo subir e se recuperar na tabela.
A denúncia de racismo nos bastidores
Paulo Pelaipe, dirigente do Grêmio, jura que no conflito com seguranças da FERJ não proferiu palavras de cunho racista. Mas a imprensa disse que ele recebeu voz de prisão de policiais e foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal do estádio. A confusão ocorreu quando Pelaipe insultou funcionários após ter sido impedido de acessar área reservada aos cartolas do Grêmio. O local já estava com sua lotação máxima.
Um relato sobre o que se passou no Juizado foi registrado pela Gazeta Esportiva em 16/09: “A situação foi minimizada, pois os dois profissionais da FERJ que teriam sido chamados de 'macaco' não quiseram registrar boletim de ocorrência.”
Queremos acreditar que tudo isso realmente não passou de um mal entendido. E não é demais lembrar que racismo é um crime inafiançável que deve ser punidos rigorosamente. Continuemos a luta para que os estádios de futebol, bem como toda a sociedade, fiquem livres desta ideologia reacionária. O espírito esportivo continua contribuindo nos despertando lições de amor, alegria e coletividade.
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