sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Câmara de Natal aprova concessão de título de Cidadã Natalense a 1ª transsexual

Projeto é de autoria da vereadora Amanda Gurgel e foi aprovado por unanimidade no plenário da Câmara da capital potiguar


A concessão do Título de Cidadã Natalense se destina a JACQUELINE BRAZIL, presidente da Associação das Travestis Reencontrando a Vida (Atrevida/RN). Jacqueline fundou a ONG Atrevida/RN em 2008 e através da instituição age no combate às expressões da homofobia, entre outros campos de atuação.

O plenário da Casa aprovou por unanimidade o Projeto de Decreto Legislativo proposto pela vereadora Amanda Gurgel e susbcrito pelo vereador Raniere Barbosa. Para Amanda Gurgel esta não é uma discussão menor: “É importante termos iniciativas de promoção da igualdade de direitos e combate a invisibilização social dos LGBTs. O Nordeste foi líder, em números absolutos, no número de assassinatos de LGBTs em 2015, segundo o GGB*”, disse Amanda

Por isso, o poder público deve estar na dianteira da promoção de políticas que incentivem a igualdade de direitos, o respeito as diferenças e o combate a violência e invisibilização social”, completou. A solenidade de entrega do título está marcada para o dia 1º de setembro (quinta-feira), às 18h30, na Câmara Municipal.

Na próxima quarta-feira (31), também por iniciativa da vereadora, a Câmara de Natal vai realizar uma audiẽncia pública para discutir os assassinatos de mulheres no RN e a luta contra o machismo que vitimou este ano 65 mulheres no RN, segundo dados do Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte (Obvio). A audiência contará com a presença da promotora Érica Canuto, além de representantes da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e da Frente Feminista de Natal. 

A proposta é da vereadora Amanda Gurgel e tem o objetivo de discutir a situação das mulheres em Natal que, de acordo com a pesquisa “Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil", é a capital brasileira com o maior crescimento na taxa de assassinatos de mulheres entre 2003 e 2013, além de pensar iniciativas de combate à violência.

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